Em meio a apelos por renovação no comando estadual do PMDB, o governador André Puccinelli (PMDB) defendeu a volta do senador Waldemir Moka (PMDB) à presidência do partido, mas afastou divergência com o atual presidente, Esacheu Nascimento. Ele ainda defendeu chapa única para evitar “briga”.

“O Esacheu é meu amigo desde o tempo que auxiliava a Seleta, pelos idos de 1982. Nunca houve entre eu e o Esacheu qualquer mal-estar”, disse Puccinelli para negar suposto desentendimento com o dirigente por conta de críticas ao processo de escolha do candidato do PMDB a prefeito de Campo Grande.

Puccinelli, no entanto, sinalizou preferência pela volta de Moka ao comando do partido. “O estatuto do PMDB diz que quem exerce a função no Executivo não pode, então, dizem alguns que quem conciliaria as questões, sem ser questionado, é o Moka, por que é senador”, comentou. “Se põe um deputado, o outro pode ficar com ciúmes”, acrescentou.

Indagado se o retorno do senador não atenderia apelos de renovação, o governador indagou, “pra que precisa oxigenar?” Ele ainda frisou que “cada um defende sua ideia” e emendou “não vou meter o bedelho”.

Ainda em tom pacificador, Puccinelli apelou para não ter enfrentamento. “Não quero que tenha duas chapas. Não gostaria que tivesse duas chapas”, pediu. “Isso daria briga”, explicou.

Depois de criticar a falta de participação da militância na escolha do deputado federal Edson Giroto (PMDB) para concorrer a prefeito da Capital e de afirmar que Nelsinho Trad (PMDB) saiu “fragilizado” da eleição, Esacheu foi alvo de várias críticas.

Parlamentares, inclusive, pediram sua saída do comando estadual do PMDB. Ele, por sua vez, promete brigar por mais um mandato em eleição prevista para ocorrer antes do Natal.