Caciques do PMDB falam em oxigenar e presidente diz que eles vivem poluindo

A crise no PMDB parece não ter fim. Embora lideranças como o governador André Puccinelli (PMDB) tente colocar panos quentes, o fato é que, motivado principalmente pela derrota em Campo Grande, com grande parcela de culpa de Puccinelli, na escolha de Edson Giroto (PMDB), o PMDB vive uma briga entre os líderes políticos – interessados […]

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A crise no PMDB parece não ter fim. Embora lideranças como o governador André Puccinelli (PMDB) tente colocar panos quentes, o fato é que, motivado principalmente pela derrota em Campo Grande, com grande parcela de culpa de Puccinelli, na escolha de Edson Giroto (PMDB), o PMDB vive uma briga entre os líderes políticos – interessados em impor vontades pessoais – e militantes, dispostos a não aceitar desmandos.

A batalha terá desfecho no final de dezembro, quando o partido escolherá o presidente estadual. Líderes como o prefeito Nelsinho Trad, o senador Waldemir Moka e o presidente da Câmara, Paulo Siufi, defendem uma oxigenação, mas são enfrentados pelo atual presidente, Esacheu Nascimento, que representa os que brigam para garantir a democracia no PMDB

A reeleição de Carla Stephanini para o quarto mandato à frente do PMDB municipal deixa claro a manobra política existente para derrubar Esacheu, visto que os defensores da mudança reelegeram Carla. Questionado sobre a manobra, Esacheu criticou as lideranças que defendem oxigenação.

“O impressionante é que pessoas que falam oxigenação estão expelindo gás metano. Há interesses por trás disso, os legítimos e não legítimos”, criticou. Esacheu afirma que na presidência do PMDB implementou uma verdadeira renovação de práticas partidárias, onde realizou tudo coletivamente. “Lideranças e base do partido tiveram oportunidade de apresentar propostas, discutir e votar”.

Esacheu faz questão de dizer que defende um partido onde todos sejam donos, com decisões coletivas. Ele não vê prejuízo em uma eventual disputa, desde que seja feita em consenso. “Meu pensamento é que não pode ter consenso de cemitério, onde ninguém se manifesta porque não pode mais se manifestar. As coisas precisam ser esclarecidas, não em nomes, mas em projetos. Não tenho política como profissão e sou voluntário. Não existe a necessidade da minha parte de ter cargos. Isso não me motiva. Sou peemedebista e tenho, não somente origem, mas princípios peemedebistas que defendo”.

Esacheu entende que não se pode calar a militância, responsável pela existência do partido. Ele defende que é preciso acabar com as candidaturas artificiais, vendidas como produto e pede o debate até que todas as discussões sejam esgotadas. Para ele, os líderes do PMDB precisam esclarecer os motivos das mudanças defendidas, já que, por exemplo, pegou um partido que vivia em casa alugada e hoje possui sede própria. “Nunca afastamos as lideranças da participação e encaminhamentos que precisou. Meu projeto não é pessoal, é coletivo”, afirmou.

A antipatia por Esacheu entre as lideranças começou depois que, em entrevista ao Midiamax, o presidente do PMDB criticou a escolha de Giroto como candidato do partido em Campo Grande e avaliou que Nelsinho saiu enfraquecido após a eleição. Na entrevista, Esacheu disse que o resultado fortalecia Simone Tebet (PMDB), que seria a candidata natural ao Governo do Estado.

Irritado, Nelsinho ameaçou abandonar o partido se não fosse o escolhido e lançou a campanha contra Esacheu, dizendo que uma reeleição dele significaria que o PMDB não o queria mais. As ameaças de Nelsinho desagradaram Simone. A vice-governadora declarou que não brigaria por cargos e rebateu Nelsinho, dizendo que era peemedebista e não abandonaria o partido se não fosse escolhida.

A escolha dos presidentes do PMDB em todo o Estado acontece desde o começo do mês e deve se estender até o final de novembro. Terão direito a voto para a escolha do presidente estadual os 125 delegados espalhados por todo o Estado e os detentores de mandato.

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