O prefeito (PMDB) havia garantido ao prefeito eleito, (PP), que o ajudaria na conversa com vereadores para fazê-los retirar a emenda que diminui o poder do novo prefeito. Porém, na sessão desta terça-feira (18) os vereadores da base de Nelsinho disseram que ele não os procurou e a ausência de diálogo levou ao boicote da sessão, que teve que ser encerrada por falta de quórum.

Após a polêmica, Nelsinho diz que conversou com o líder dele na Câmara, mas ressaltou que não é ele quem tem que conversar. “Não sou mais prefeito em 2013. Quem tem que dialogar com os vereadores é o prefeito eleito, mesmo não tendo assumido. É um ônus que ele vai ter que enfrentar”, justificou.

Nelsinho analisou que não há como conduzir uma harmonia com o legislativo sem ter um contato pessoal com eles. “Tem que ter. Com certeza ele vai fazer isso e a coisa haverá de se normalizar. Com diálogo tudo se organiza. Há uma predisposição de se harmonizar tudo isso. Precisa ouvir o legislativo. Ele sabe como é”. avaliou.

O atual prefeito diz que Bernal tem que chamar pra dentro, sentar e conversar com os vereadores. Na opinião dele, não há ninguém predisposto a fazer oposição. “Eles querem mesmo é ser ouvidos, partilhar. Teve um ano que toda suplementação tinha que mandar para a Câmara, há dois anos. Foi a mesma coisa. É questão de você falar: Está bom, vou confiar em vocês”, concluiu.

A polêmica entre Bernal e vereadores está na emenda apresentada para tentar diminuir a autonomia do próximo prefeito, reduzindo de 30% para 5% o percentual autorizado para a prefeitura abrir créditos adicionais, sem autorização da Câmara. Atualmente, Nelsinho tem 30% para aplicar em despesas não computadas ou insuficientemente dotadas na Lei Orçamentária Anual (LOA).