Depois de cogitar pedir afastamento de um ano para garantir a permanência de professor Rinaldo Modesto (PSDB) na Assembleia Legislativa, o deputado Zé Teixeira (DEM) recebeu do governador (PMDB), ontem à noite (18), garantia de que não para prejudicará o tucano.

Há 15 dias, segundo relato do secretário estadual de Habitação e Cidades, Carlos Marun (PMDB), o governador o teria procurado para discutir a possibilidade de ele retornar à Assembleia. Com a volta do peemedebista, Rinaldo, primeiro suplente da coligação, perderia o cargo.

A medida seria uma estratégia para atingir a pré-candidatura do deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB) a prefeito da Capital. Aliado histórico do PMDB, o PSDB promete romper a aliança e entrar na corrida pela sucessão do prefeito Nelsinho Trad (PMDB).  “O Rinaldo tem base eleitoral na Capital e não há como negar que ele terá peso político na disputa pela sucessão da prefeitura”, ponderou Marun.

Em audiência na noite de ontem com Zé Teixeira, Puccinelli lhe teria garantido “não fazer nada contra o Rinaldo”. “Eu acredito nas palavras do governador”, ressaltou o deputado do DEM.

Dias antes, o próprio parlamentar tucano duvidou de retaliação por parte de Puccinelli. “Não acredito que o governador vá fazer isso comigo, um companheiro de todos os momentos, desde Fátima do Sul”, frisou. “Não seria uma retaliação ao PSDB que cogita voo solo, mas a um amigo de todas as horas”, acrescentou.

Colegas apoiam tucano

Se depender da opinião dos colegas de Assembleia Legislativa, Rinaldo realmente não perderá vaga na Casa Leis. Para parlamentares, o governador não irá prejudicar o tucano em retaliação ao projeto de candidatura própria do PSDB em Campo Grande.

“Não podemos retaliar a bancada do PSDB, que tem sido solidária com o governo”, defendeu o presidente da Assembleia, deputado (PMDB). “Aposto que o Rinaldo ficará na Casa e o Marun na secretaria”, disse. “O trabalho dos dois vai muito bem onde cada um está”, concluiu.

Os tucanos Dione Hashioka e Márcio Monteiro também não acreditam em retaliação. “Não creio no retorno do Marun, estamos tratando de eleições municipais, isso não pode influenciar em aliança estadual”, defendeu Monteiro.