O governador reeleito , do PMDB, e o deputado estadual Paulo Duarte, do PT, se xingaram de novo por conta da interpretação do Fecomp (Fundo Estadual de Combate a Erradicação à Pobreza), um projeto do governo que aumenta os impostos em determinados segmentos econômicos. A ideia criada existiria por período temporário, mas virou uma regra obrigatória desde 2007.

De um lado, o parlamentar afirma que Puccinelli tenta aplicar uma manobra e estender o fundo também sobre a energia elétrica.

Já o governador, vê maldade na avaliação do deputado. Ele chamou de burrice o raciocínio do parlamentar, que devolveu a crítica num mesmo nível: “burrice é quem pensa que os outros são burros”.

Duarte e Puccinelli brigam por esse assunto desde a criação do Fecomp. Semana passada, Puccinelli foi a Assembleia Legislativa e, na presença de outros parlamentares, os dois trocaram duras acusações.

O Fecomp foi criado no fim de 2006, segundo Puccinelli, para arrecadar dinheiro e, com o recurso, bancar os programas sociais.

Com o plano, aprovado pela maioria da Assembleia Legislativa, em vigor em janeiro de 2007, passou-se aqui a cobrar ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) a mais de serviços tidos supérfluos pelo governo, como jóias, obras de arte, telefonia, internet e TV a Cabo.

Com o adicional sobre o ICMS, o governo junta em torno de R$ 4 milhões mensais.

Nesta manhã, durante evento no Centro de Convenções Gil de Camilo, em Campo Grande, Puccinelli retomou o assunto: “só os burros que entenderam assim [que o texto aumenta o ICMS da energia elétrica], não sabem o português ou são malfeitores que querem induzir a pensar errado”, atacou o governador.

Até agora, apenas Duarte havia se manifestado contra a renovação do fundo, ideia que deve ser debatida na sessão desta quinta-feira.

Informado sobre a declaração de Puccinelli, Paulo Duarte retrucou: “burros são os que acham que os outros são burros”.

O parlamentar disse que sua intenção é “não baixar o nível da discussão”, mas prometeu discordar do plano. Note um dos questionamentos do deputado: “Não dá pra chamar telefone de supérfluo. Isso é um absurdo”.

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