Numa eventual vitória de Dilma Rousseff na disputa pela Presidência, o PT quer um governo de maioria petista, com prerrogativa de indicar os ministros mais importantes, como os da Fazenda, Educação, Saúde e Casa Civil, além dos presidentes do Banco Central e das megaestatais Petrobrás e Petro-Sal.

O partido quer ficar com o comando da Câmara, para garantir um petista como segundo na linha sucessória do Planalto – o primeiro é o vice-presidente, que no caso da vitória de Dilma seria Michel Temer, do PMDB.

Na prática, tudo isso depende do tamanho com que PT e PMDB, os dois principais partidos da coligação, saírem das urnas. Levantamento recém-concluído pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) mostra que o PT deve eleger a maior bancada na Câmara – até 110 deputados. O PMDB ficaria em segundo lugar – no máximo 100. No Senado, porém, o PMDB deve conquistar a maior bancada – entre 17 e 19, ante 12 a 15 eleitos pelo PT.

Antes mesmo do resultado, porém, os partidos já se movimentam em busca de mais espaço. Há menos de um mês, o PMDB emitiu sinais de que ambiciona partilhar o poder meio a meio, dispor de assento no Planalto, entre os “ministros da casa”, e no Conselho Político que assessora o presidente da República. Já o PT não pretende abrir mão de presença majoritária.