Governador apresenta metas para eventual segundo mandato e chefe da Nação diz que petista é garantia de crescimento para MS

No primeiro dia de apresentação no horário eleitoral gratuito na televisão, os candidatos a governador de Mato Grosso do Sul apelaram para um “programa padrão”. Os concorrentes se apresentaram e usaram depoimentos de pessoas públicas e populares na tentativa de convencer os eleitores de que são a melhor opção de voto.

O governador (PMDB) foi o que mais usou depoimentos. Zeca do PT abriu o programa entrelaçando sua história com a do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva. Já Nei Braga (PSOL) usou o pouco tempo para se apresentar e falar sobre a intenção de dar vez aos mais pobres e combater a corrupção.

O programa de Puccinelli relembrou seu trabalho como médico e sua ascensão política. Foram exibidos depoimentos de Eugênio de Barros, Diretor de Vigilância Sanitária, do jornalista Pio Lopes, do prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad (PMDB), do ex-vice-prefeito de Campo Grande e empresário Osvaldo Possari e da líder indígena Enir Terena, entre outros nomes.

O governador também usou a fala de populares que testemunharam sobre suas realizações quando prefeito de Campo Grande.

Beneficiado pelo amplo tempo na propaganda — dos 18 minutos destinados aos candidatos a governo, ele tem mais 9 minutos –, Puccinelli citou as 15 metas que pretende executar em caso de reeleição.

Citou investimentos em segurança, escolas de tempo integral, recuperação salarial dos servidores públicos, contratação de médicos e enfermeiros, ampliação do Hospital Regional, construção de mais 50 mil casas, qualificação de mão de obra, crédito para pequenos empresários e produtores, ações para garantir o desenvolvimento sustentável, conclusão de rodovias e a implantação das cidades digitais, entre outros.

“Sou candidato a um novo mandato de governador. Vou mostrar as propostas de governo sério. Detalhando o que vamos fazer. Por isso, estou aqui pedindo seu apoio e seus votos”, disse.

Puccinelli foi o único dos três candidatos ao governo que destacou a vice-governadora. A ex-prefeita de Três Lagoas, Simone Tebet (PMDB) foi mencionada como filha de Ramez Tebet, advogada e professora universitária. Foi dito que ao lado de Puccinelli, ela pretende trabalhar para levar investimentos a todas as regiões do Estado.

Contudo, André Puccinelli que declarou apoio ao presidenciável tucano José Serra não faz qualquer menção a ele neste primeiro programa de televisão.

Zeca e Lula

Como esperado Zeca do PT usou a proximidade com o presidente Lula como principal ponto do programa exibido ao longo de pouco mais de seis minutos. Ele abriu sua apresentação entrelaçando sua história a de Lula.

“Um sindicalista e outro bancário e os dois tornaram-se líderes (…) Zeca foi eleito governador, Lula, presidente. Um vai passar a presidência do Brasil para uma mulher. O outro vai voltar ao governo de Mato Grosso do Sul”, diz o texto que acompanha as imagens históricas de Lula e Zeca.

O texto diz ainda que Zeca do PT foi eleito governador de um estado falido em 1998. Porém, foi o responsável pelo crescimento de Mato Grosso do Sul. É citado que ele construiu 1.450 pontes, trouxe 260 indústrias ao Estado e gerou 75 mil empregos.

O programa também contou com depoimentos de produtores rurais e populares. Também são mencionados programas que vigoraram no governo Zeca como cursinho popular, bolsa universitária e outros.

O programa diz que Zeca construiu escolas, reformou outras e teve “pulso firme na segurança pública”. O ponto alto é a aparição de Lula pedindo votos para ele e para Dilma.

“O mercado mudou, o poder aquisitivo cresceu (…) brasileiros melhoraram de vida. Criamos uma base sólida para crescer ainda mais. Por isso vote Dilma para presidente e Zeca para governador. Essa é a garantia de muito mais desenvolvimento para o Brasil e para Mato Grosso do Sul”, diz Lula na mensagem que está sendo usada também em inserções no intervalo comercial da programação da TV aberta.

Zeca promete um terceiro mandato de governador com menos impostos e mais trabalho, investimentos em todas as regiões do Estado, melhorias na área de saúde, combate ao tráfico de drogas, polícia mais equipada, escolas integras com centros de cultura, esporte e lazer, implantação do piso nacional dos professores, ferrovias, hidrovias, investimento na malha viária, transparência, moralização da gestão pública e critérios claros para a distribuição de casas populares.

Zeca disse também que planeja erradicar a pobreza junto com Dilma presidente e consolidar as conquistas do presidente Lula.

Nei Braga 

Com pouco mais de dois minutos, o comerciante Nei Braga apresentou sua carreira profissional. Mencionou ter sido policial e funcionário do Banco do Brasil. Ademais falou sobre a intenção de seu partido de dar vez aos mais pobres no País e de combater a corrupção.

O programa teve espaço ainda para a apresentação de um jingle que divulga o número de Psol que é o 50 e expõe o objetivo do partido. “Socialismo e Liberdade sem miséria e sem exploração. PSOL é 50 é o PSOL. Vote no 50 para transformar (…) O voto da esquerda é o 50, o 50 é o PSol”, diz o refrão da música.

Os candidatos a governador terão as propagandas exibidas nas segundas, quartas e sextas-feiras em um bloco de 18 minutos, seguido dos programas de deputado estadual (17 minutos) e senador (15 minutos). A propaganda eleitoral termina no dia 30 de setembro. As eleições estão marcadas para 3 de outubro.