Enquanto o governador André Puccinelli (PMDB) vive um período de indefinição entre os candidatos a presidente da República José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT), os deputados estaduais de seu partido não escondem a torcida pela primeira opção.

O deputado estadual Júnior Mochi (PMDB) gosta do perfil de José Serra e o considera mais preparado. “Ele tem mais experiência está indo muito bem no governo de São Paulo. Além do mais, a Dilma não tem uma história eleitoral”, analisa.

Mochi acredita que há outras razões locais que serão decisivas para André. “Ele não vai aceitar dois palanques para Dilma. A candidatura do Zeca é irreversível. Acho que ele tem muitos motivos para preferir o Serra”, avalia.

Marquinhos Trad diz que a escolha de André por Serra seria mais coerente. “Em Mato Grosso do Sul, o PMDB sempre foi próximo ao PSDB. Acho que, no final, o André vai com o Serra”, opina.

Já Celina Jallad, além da parceria histórica com o PSDB local, menciona ainda outras razões que devem conduzir André a Serra. Ela cita que o BDR (Bloco Democrático Reformista), composto por PSDB, DEM e PPS, conta com sete deputados estaduais.

“O peso eleitoral deles faria diferença no projeto de reeleição de André”, menciona a parlamentar. “Além do mais se ele apoiar Dilma, os quatro deputados do PT não pedirão votos para ele. Portanto, fazendo as contas, seria uma troca que não valeria a pena”, completa.

O presidente do PSDB, deputado estadual Reinaldo Azambuja que ouviu a manifestação de Celina concordou com o raciocínio da deputada de que para André seria mais vantajoso manter a antiga parceria. O tucano acredita que o governador se decidirá por Serra.

Já o peemedebista Maurício Picarelli disse não ter uma opinião formada a respeito, mas promete apoiar a decisão do governador seja qual for a decisão dele. “O André está em uma saia justa”, resume.