Motociclista de 25 anos, Aline Candida, morreu na manhã desta segunda-feira (5), no bairro Los Angeles, em Campo Grande, depois que um ônibus passou por cima do corpo da mulher, que derrapou na rua devido à grande quantidade de areia na via. Ela seria de Costa Rica, segundo informações passadas pelos bombeiros.
Informações são de que a mulher seguia pela Rua Engenheiro Paulo Frontin, quando entrou na Avenida dos Cafezais, mas, ao fazer a conversão à esquerda, acabou derrapando em um monte de areia na via.
Com isto, o ônibus que seguia pela Cafezais para entrar na Rua Engenheiro Paulo Frontin passou por cima do corpo da motociclista. O motorista do coletivo não teria visto a mulher que entrou no ‘ponto cego’.
Foi tentada reanimação, mas a vítima não resistiu. Um motociclista disse ao Midiamax que no local sempre ocorrem acidentes, e que seria necessário um semáforo ou quebra-molas no cruzamento.
Uma moradora da região falou sobre os acidentes no local. “Todos os dias cai um, cai dois, cai três. Criança, isso aqui, tem a escola Plínio aqui, isso aqui no final do dia é lotado de criança. Criança já foi parar embaixo de ônibus, você não faz noção de como é esse cruzamento” .
” É horrível, porque aqui cresceu muito, né? A proporção é muito grande e o fluxo aqui, em horário de pico, a gente não sai de carro de dentro de casa. Tem que sair antes do horário de pico, você não dá conta de que sai mais”, disse um morador.
“Faz dois anos já que aprovaram um projeto de lei para instalar um semáforo. Fizeram um estudo, viram a necessidade, mas está em processo de licitação ainda”. Outros moradores e motociclistas que passavam pelo local do acidente reclamaram da falta de semáforo ou quebra-molas. Isso sempre acontece aqui, esse foi fatal, mas todo dia tem acidente nesse cruzamento”, relatou uma moradora.
O acúmulo de areia no asfalto é devido às ruas laterais que são de terra/areia e, com o vento, acabam levando a areia para as vias.
Morte de motociclistas no trânsito
Os dados do GAAT (Grupo de Análise de Acidentes de Trânsito), da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), divulgados no dia 1º deste mês, indicam que 15 motociclistas morreram no trânsito de Campo Grande de janeiro a abril de 2025.
Apenas em abril, quatro motociclistas perderam a vida no trânsito da Capital, número estável em relação aos meses de fevereiro e março, quando também foram registradas quatro mortes.
Contudo, ao comparar com abril de 2024, a redução é significativa, pois foram registradas oito mortes no período do ano anterior, todas na área urbana, de acordo com os dados coletados por boletins de ocorrência do BPTran (Batalhão de Trânsito da Polícia Militar) e declarações de óbitos.
Ao todo, foram 17 mortes em 2025, sendo 15 de motociclistas, um pedestre e um motorista. Em 2024, foram 19 motociclistas mortos, dois ciclistas e dois pedestres.