A interdição na BR-060 continua na tarde desta segunda-feira (28), completando 10 horas. A fila de veículos ocupa o trecho conhecido como “Capão Seco” desde as 4h da manhã, em Sidrolândia.
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No quilômetro 414, há cerca de 600 famílias do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) em protesto por reforma agrária. As famílias cobram políticas públicas na Jornada de Lutas pela Reforma Agrária, também conhecida como “Abril Vermelho”.
Segundo a PRF (Polícia Rodoviária Federal), há um congestionamento de aproximadamente 2 quilômetros no sentido de Sidrolândia a Campo Grande e de 5 quilômetros no sentido Campo Grande a Sidrolândia.
Ainda não há previsão de liberação total da pista, que está bloqueada com pneus queimados, galhos de árvores e madeira. A cada 1 hora, a pista é liberada por 15 minutos para os veículos passarem.
Além disso, veículos da saúde e segurança pública estão sendo liberados para transitar.
Desvio de rota
De acordo com uma equipe da PRF no local, os serviços estão orientando os condutores a retornarem para Campo Grande ou Sidrolândia, ou a enfrentarem o congestionamento caso seja necessário passar pelo trecho bloqueado. Há rotas alternativas para Ponta Porã e Dourados pela BR-163 e para Jardim ou Aquidauana pela BR-262, por Terenos.
Entretanto, o bloqueio causou frustração entre os condutores que aguardavam liberação desde a madrugada. Márcio Giroto, caminhoneiro de 42 anos, estava a caminho do frigorífico em Sidrolândia para carregar a carga.
“Faz duas horas que estou parado. Fiquei sabendo da paralisação pela rádio, mas já avisei ao meu chefe que vai atrasar.”
Protesto por reforma agrária
Sandra Maria Costa Soares, diretora-executiva da União Geral dos Trabalhadores, representando a agricultura familiar pela Reforma Agrária e presidente da FAFER-MS (Federação da Agricultura Familiar e Empreendedora de Mato Grosso do Sul), destaca o cadastro de 13 mil famílias assentadas com cadastro no Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária). Contudo, o trecho escolhido para o protesto soma milhares de famílias vivendo em barracos à beira da estrada.
“Estamos reivindicando o acesso à reforma agrária em MS. Temos feito várias negociações, seminários e não tivemos resultados positivos para que as famílias sejam assentadas dentro do número de famílias cadastradas pelo Incra. Precisamos que o Incra nacional, o presidente do Incra e o ministro Paulo Teixeira venham para negociar diretamente, pois queremos uma negociação com o superintendente regional”, narra.
“A intenção do protesto não é prejudicar a sociedade, pelo contrário, é reivindicar a reforma agrária, as áreas de dívidas bancárias e com a União, áreas que são da União e precisam ser transformadas para a Reforma Agrária. Aqui em Capão Seco, há áreas da União que são importantes para a população da reforma agrária, inclusive, protegidas pelo Estado, que estão deixando de dar o direito aos trabalhadores de acessar as propriedades para produzir com qualidade e ter condições de dignidade aos trabalhadores que compõem a BR-060.”




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