O motorista do Chevrolet Classic, de 27 anos, que deixou uma passageira, de 26 anos, em estado grave na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) da Santa Casa de Campo Grande, é réu em processo por outro acidente, ocorrido também na Capital sul-mato-grossense, em 2022. A vítima do acidente mais antigo, inclusive, pede indenização ao motorista por danos materiais, morais e estéticos.

O processo movido pela vítima, um motociclista de 25 anos, descreve que o motorista do Classic – que na época estava em um Volkswagen Gol – invadiu a preferencial na Travessa Paraopeba, na região do bairro Aero Rancho, cruzamento com a Rua Clevelândia, e ocorreu a colisão.

O boletim de ocorrência descreve que o condutor do Gol contou estar na preferencial quando, no cruzamento, foi atingido pela motocicleta Titan preta. O motorista também relata que acionou a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros e permaneceu até a chegada das autoridades. Ainda, afirma que retirou o veículo Gol da via por orientação dos Bombeiros, para não atrapalhar o trânsito.

Contudo, o registro policial foi confeccionado sem o relato do motociclista, que tinha sido levado em estado grave para atendimento médico, então, uma testemunha negou a versão do motorista.

  • “Tava [sic] vindo na Rua Paraopeba e Rua Clevelândia. O condutor do carro na Rua Paraopeba e o condutor da moto na Rua Clevelândia”, declara a testemunha no boletim de ocorrência de trânsito.

O motociclista foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros com laceração e exposição óssea no joelho e lesões no cotovelo.

No processo movido contra o motorista, os advogados expõem que “o réu-condutor não respeitou as regras de trânsito e ocasionou o acidente, no melhor entendimento, bateu no carro no qual encontrava-se o requerente como motorista [neste caso, a motocicleta] num “piscar de olhos”, ocasionando assim o acidente de forma irresponsável”.

Local onde ocorreu o acidente em 2022 – (Foto: Reprodução)

Ainda, apontam que o acidente deixou, além de sequelas físicas que resultaram em limitações e dores, traumas psicológicos para a vítima. A ação pede indenização pelos danos morais e corporais o valor não inferior 100 salários mínimos, indenização pelos danos estéticos, no valor mínimo de 50 salários mínimos e parcela única do pensionamento vitalício.

O juiz da 4ª Vara Cível da Comarca de Campo Grande agendou uma audiência de conciliação entre as partes para 08 de março de 2023. Contudo, o motorista do Gol não compareceu. Outra audiência foi marcada para 15 de maio do mesmo ano, a qual o réu também faltou.

Vítima com morte cerebral

Neste domingo (16), o rapaz também foi autor de um acidente na Avenida Afonso Pena que deixou uma jovem, de 26 anos, em estado grave na UTI da Santa Casa. A batida ocorreu às 6h, quando o motorista perdeu o controle do carro e bateu o veículo em um poste de energia.

Segundo os policiais militares que atenderam à ocorrência, os dois foram atendidos inicialmente por uma equipe do Corpo de Bombeiros e levados em estado grave para a Santa Casa. A mulher é quem teria sofrido os ferimentos mais graves, sendo levada já entubada ao hospital.

Jovens ficam em estado grave após acidente (Alicce Rodrigues, Jornal Midiamax)

Mais tarde, a família dela informou à Polícia Civil que a jovem passa por protocolo de morte cerebral.

De acordo com informações, o rapaz que dirigia o carro – alugado – disse aos policiais que não se lembrava de nada do acidente, só de estar no hospital. A resposta veio depois de ser questionado sobre a ingestão de bebidas alcoólicas antes de dirigir. O casal estava em uma festa antes do acidente.