Criança que morreu atropelada em Rio Negro foi arremessada após ser atingida por motorista embriagado

Houve tumulto e local não foi preservado para ser feita perícia

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar
(Leitor Midiamax)

A criança, de 10 anos, morta ao ser atropelada por motorista embriagado, em Rio Negro, cidade a 163 km de Campo Grande, teria sido arremessada com o impacto da batida.

Delegado responsável pelo caso, Matheus Vital, explicou que ninguém ouvido no procedimento conseguiu precisar se o corpo foi arrastado, porém, o motorista afirmou em depoimento que com o impacto a vítima foi arremessada e não arrastada.

Segundo a família, o local tem sinalização indicando a presença de crianças no local e a velocidade máxima permitida, de 30 km/h. “Nunca que ele estava a 60 km/h, olha o estrago do carro”, explicou a familiar que não quis se identificar.

Placas de sinalização na via onde acidente aconteceu. (Leitor Midiamax)

Ela ainda explicou que o menino brincava na casa do tio no dia do acidente.

“Uma vizinha disse que ele [motorista do carro] sempre passa correndo”, explicou.

Ainda segundo ela, para a via já havia sido solicitado um quebra-mola ou redutor de velocidade.

Conforme apurado plea reportagem, o corpo ficou cerca de 12h no hospital e só foi encaminhado ao IML de coxim nesta manhã (26), porque a cidade não dispõe de câmara fria nem IML.

O homem foi preso em flagrante. Não foi realizado bafômetro porque não havia fiscal de trânsito habilitado para o serviço. Foi feito então o Termo de Constatação de Alteração da Capacidade Psicomotora.

O motorista confessou que ingeriu bebida alcoólica, mas nega que estava embriagado no momento do acidente. No carro foi encontrada uma caixa de cerveja e latas da bebida abertas.

Ele disse que estava em uma confraternização e que conduzia o veículo a 60 km/h quando a vítima teria surgido no escuro de trás de um carro estacionado.

Ele ainda afirmou que ficou no local e prestou socorro à criança mesmo correndo o risco de linchamento por parte da população.

O delegado ainda esclareceu que o local não foi preservado porque houve tumulto após o acidente. “A vítima já havia sido socorrida e muita gente estava no local. Por conta do desfazimento do local, dispensei pericia”, explicou.