O motorista ou motociclista que for parado durante as blitze de fiscalização que ocorrem após os shows da — com comprovação de que dirigia sob efeito de álcool — pode ser multado em até R$ 2.974,70 e preso, encaminhado até a delegacia.

A informação foi anunciada nesta quinta-feira (28), considerando que a de shows e a respectiva fiscalização conjunta serão retomados amanhã (27) e seguem durante todo o fim de semana.

A Operação Tiradentes da PRF (Polícia Rodoviária Federal) se estendeu para os condutores que participavam do show, realizado no pátio do Shopping Bosque dos Ipês, na BR-163 com a Avenida Consul Assaf Trad, devido a se tratar de rodovia.

Na última semana, durante os quatro dias de fiscalizações — de quinta-feira (21) à domingo (24) — PRF, GCM (Guarda Civil Metropolitana), Detran e Agetran fizeram 5.700 testes do etilômetro e flagraram 107 motoristas dirigindo embriagados.

O subtenente Adilson, do BPMTran (Batalhão de da Polícia Militar) explica que qualquer pessoa que seja abordada durante uma blitz após os eventos, e haja suspeita de que tenha ingerido bebida alcoólica, pode ser convidada pelos policiais e guardas a fazer o teste do bafômetro.

“Caso a pessoa recuse, mas possua sinais que indiquem que ela possa estar embriagada, como olhos vermelhos, pele avermelhada, sonolência e fala confusa, ela é submetida ao encaminhamento à delegacia e elaboração do termo de constatação da capacidade psicomotora”, explica.

(Foto: Henrique Arakaki – Arquivo Midiamax)

Entretanto, caso o motorista se recuse a fazer o teste, mas não possua sinais de embriaguez, é apenas aplicado multa por ele ter recusado.

“A pessoa pode ser multada pelo simples fato de ter se recusado a submeter ao bafômetro, não quer dizer que esteja embriagado”, detalha o subtenente.

O valor da multa por recusar fazer o teste do bafômetro é o mesmo da multa por embriaguez, no valor de R$ 2.974,70 e sete pontos na carteira. O subtenente explica que a punição também depende do valor acusado no teste.

“De 0,05 até 0,33 miligramas de ar expelido pelos pulmões, o motorista apenas vai ser passível de multa, por conduzir sob efeito de álcool, tem o carro liberado para outro condutor habilitado e a CNH recolhida”, afirma.

O condutor que ficará responsável pelo carro também é submetido ao teste do bafômetro. Caso não apresente alguém, o veículo é recolhido ao pátio do Detran (Departamento Estadual de Trânsito).

Já se o bafômetro tiver como resultado de 0,34 mg para cima, é considerada infração por dirigir sob efeito de álcool e crime de embriaguez.

“Segundo o artigo 306 do Código de Trânsito Brasileiro, ele é encaminhado para a delegacia. O crime é afiançável e ele pode ser liberado para responder posteriormente”, explica Adilson.