Morte de motociclista no Estrela do Sul faz vizinhos reviverem tragédias no trânsito

A morte do motociclista William Rodrigues, de apenas 30 anos, após colidir a moto esportiva que conduzia em um muro, na manhã deste sábado (9), fez moradores do bairro Estrela do Sul reviverem tragédia semelhante ocorrida há uma década. Para quem vive na região, acidentes fazem parte da rotina. William não resistiu aos ferimentos depois […]

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A morte do motociclista William Rodrigues, de apenas 30 anos, após colidir a moto esportiva que conduzia em um muro, na manhã deste sábado (9), fez moradores do bairro Estrela do Sul reviverem tragédia semelhante ocorrida há uma década. Para quem vive na região, acidentes fazem parte da rotina.

William não resistiu aos ferimentos depois de colidir brutalmente contra muro de residência localizada na Rua das Balsas, em entroncamento com a rua Franjinha. Antes de colidir no muro, William tentou frear a moto por mais de 11 metros, mas não conseguiu evitar a batida, que ainda atingiu outro motociclista, que não teve ferimentos graves.

Moradores do bairro contam que o acidente desta manhã fez muita gente reviver tragédia semelhante ocorrida há cerca de 1 década. Na época, outro motociclista também colidiu com o mesmo muro, em dinâmica muito parecida. O rapaz que conduzia a mota naquela época também perdeu a vida.

Morte de motociclista no Estrela do Sul faz vizinhos reviverem tragédias no trânsito
Entrocamento das ruas é desafio para condutores (Foto: Henrique Arakaki, Midiamax)

Odair Aparecido Pereira de Carvalho, 53 anos, mora no bairro há 21 anos e conta que o fluxo de carros e motos só aumentou nos últimos anos, o que leva ao entroncamento mais perigo. Segundo ele, no fim da tarde e início da manhã aos fins de semana o fluxo é muito grande. Odair também relembrou o acidente ocorrido há 10 anos no mesmo local.

Professora aposentada, Delmira da Silva Barbosa, de 74 anos, mora em frente ao muro onde ocorre  colisão. Ela conta que pedidos para transformar a rua em mão única, instalação se semáforos e quebra-molas já foram feitos ao poder público, mas nenhum retorno foi dado aos moradores.

“Aqui tem acidente todo dia, eu nem saio mais de casa quando ouço o barulho. Já acostumei”. Segundo a moradora, a inauguração de condomínios residenciais e supermercado na região nos últimos anos fez com que o fluxo de veículos aumentasse bastante nas ruas.

Proprietária de um salão de beleza na rua, moradora de 46 anos conta que o marido, que é acamado, vive sustos diários com o barulho das motocicletas. O acidente, para ela, além de relembrar a tragédia de uma década atrás, também traz outro drama familiar. Há 15 anos, ela, que prefere não ser identificada, perdeu filho em acidente de trânsito.

Outro vizinho que também se assustou com o acidente desta manhã é Anderson Claudio Souza, de 44 anos. Ele conta também estava de moto na rua Franjinha quando o condutor da moto esportiva passou por ele, em alta velocidade. “Eu vi que ele estava correndo e diminuí, fiquei muito assustado”, completa.

Colisão

Câmeras de segurança flagraram o momento do acidente. O motociclista, que estava em uma moto esportiva, seguia pela Rua Franjinha e perdeu o controle da direção no entroncamento final da via, que termina na Rua das Balsas.

O condutor passou direto, colidiu em outro motociclista e se chocou violentamente contra o muro de uma residência. Motoristas que passavam pelo local acionaram o socorro. Equipe do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) tentou reanimar Wiliiam, que não resistiu aos ferimentos.

O outro motociclista teve ferimentos leves e não corre risco de morrer. Equipes do BPTran (Batalhão de Polícia de Trânsito) estão no local e, a princípio, constaram uma marca de frenagem da moto esportiva de pouco mais de 11 metros.

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