Agile invadiu preferencial e colidiu com Gol

Um grave acidente envolvendo dois veículos por volta da 16h30 deste sábado (16) deixou sete vítimas no bairro Santo Antônio, em Campo Grande, e uma deles está foragida. De acordo com populares que presenciaram o acidente, um Chevrolet Agile de placas HTQ-0762 seguia em alta velocidade na Rua Ministro Azevedo quando invadiu a preferencial e colidiu com um Volkswagen Gol de placas HFX-0639, de Campo Grande, que trafegava na Avenida Manoel Ferreira.

Com o impacto, o Agile subiu o meio fio foi lançado a cerca de dez metros do local da colisão, arrancando, inclusive, asfalto do chão, e ficou completamente destruído. Uma das passageiras chegou a ser arremessada para fora do veículo. A placa de ‘Pare’ também foi lançada para dentro de um lote e fez um buraco no quintal.

Ambulâncias do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e do Corpo de Bombeiros foram acionada a realizaram atendimento às vítimas. Dentre as cinco pessoas do Agile, Duas mulheres e um homem estão conscientes e orientados, mas outro rapaz foi conduzido à Santa Casa, com fraturas. O motorista do veículo, que não teve a identidade revelada, fugiu do local do acidente e o Batalhão de Choque realiza buscas pelas imediações.

No Gol, apesar do forte impacto que destruiu a dianteira do veículo, o condutor e a passageira também receberam atendimento e passam bem, apenas com luxações e escoriações.

Populares suspeitam de ‘racha’

De acordo com populares que presenciaram a colisão, um terceiro carro, possivelmente do tipo Ford Fiesta ou Volkswagen Gol GT1, também seguia em alta velocidade atrás do Agile. Por isso, há suspeita de que os veículos disputavam ‘racha’. “Só vi o vulto dos carros e o barulho da batida. Aí o outro carro deu a volta e fugiu. Acho que estavam disputando racha”, afirma Rodrigo dos Santos, 21, manobrista, que mora na mesma rua.

Outro morador da rua que ajudou a socorrer as vítima reforçou a suspeita de racha e destacou que as pessoas no Agile estavam ‘amanhecidas’, a julgar pelas roupas  e pela maquiagem borrada das mulheres. “Quando foi socorrê-las, o cheiro de bebida estava muito forte. Depois do acidente, o cara que estava no racha com eles voltou aqui, olhou da esquina e foi embora”, disse Sérgio Luiz Melo, de 48 anos.

A reportagem chegou a conversar com a mãe de uma das vítimas do acidente, que estava no Agile, que afirmou que a filha, chamada Julia, teria ido a uma festa com os amigos na noite anterior. Diversos moradores das imediações reportaram a falta de segurança na Rua Ministro Azevedo. “Aqui é uma rua com muita criança e os carros descem da Júlio de Castilho em alta velocidade, se atropelar nem tem o que fazer”, afirmou Rodrigo dos Santos. “Nós ficamos revoltados, por que não existe nenhum redutor de velocidade, quebra-mola ou algo do tipo”.