Número de acidentes na avenida preocupa moradores 

Moradores e comerciantes da estão preocupados com o grande número de acidentes que acontecem quase todos os dias na região. Segundo balanço dos próprios moradores, são pelo menos dois toda a semana. Indagados sobre qual seria o motivo para tantos acidentes, a resposta é unânime: falta de sinalização.

A avenida foi recapeada há pouco mais de um ano, o que de acordo com moradores, só agravou a situação. O auxiliar administrativo, Rodolfo Souza, de 31 anos, conta que perdeu as contas de quantos acidentes já presenciou na região e de acordo com ele um semáforo não resolveria a situação, já que a alta velocidade dos motoristas também é um dos grandes problemas. “Semáforo aqui não resolveria, a solução seria um redutor de velocidade pra fazer os motoristas andarem mais devagar” destaca.

Além da falta de sinalização, em alguns cruzamentos da avenida com as ruas que dão acesso aos bairros os moradores explicam que há um agravante: as torres de alta tensão localizadas no canteiro central da avenida. “Essa torres atrapalharam muito a visibilidade dos carros que querem atravessar, não tem como ver quem tá vindo”, conta a empresária Renata Oliveira.

Diana Rodrigues Miranda, 38 anos, proprietária de um estabelecimento comercial na avenida conta que técnicos da Agetran (Agência Municipal de Trânsito) foram algumas vezes até o local depois de muita insistência dos moradores, mas nenhuma melhoria em relação à sinalização foi feita. “Fica sempre só na promessa. Eles vêm, olham, falam que vão colocar sinalização, mas nada fazem”, conta Diana.

Proprietário de um escritório de cargas há 10 anos na avenida, Geraldo Fernandes conta que desde 2011 encaminha e-mails para a Agetran solicitando mais sinalização, mas até agora nenhuma providência foi tomada. Geraldo fez questão de imprimir uma das mensagens e mostrar para a reportagem do Jornal Midiamax.

Nele, o empresário diz estar cansado de ver tantos acidente e explica que em um trecho de quase dois quilômetros não há um redutor de velocidade ou mesmo uma placa de velocidade permitida. O morador relata ainda que veículos pesados transitam a mais de 100 km/h e reclama das torres de alta tensão. “Imagina se uma carreta com trinta toneladas bate em uma torre dessas. Que tragédia”, ressalta Geraldo no e-mail.

Agetran diz que falta civilidade

Geraldo conta que até recebeu um retorno da Agetran, mas que após ler a resposta ficou mais indignado ainda. No e-mail, a empresa diz que achou pertinente a reclamação do empresário, mas que a via possui placas de regulamentação de 50 km/h e o que falta é que as regras de trânsito sejam respeitadas. “A falta de civilidade causa prejuízo pra toda sociedade”, conclui o órgão.

Resposta contestada

O empresário conta que contestou a resposta da empresa e explica que pediu respeito a todos que transitam na avenida. “Se não cuidarmos, várias tragédias ainda acontecerão aqui. Hoje aconteceu com alguém que não conheço, amanhã pode ser comigo ou com um familiar. Não sou candidato a nenhum cargo político, nem mesmo a presidente de bairro, mas tenho filhos e netos e me preocupo com a segurança e bem estar da sociedade em que vivo”, ressalta Geraldo.

Entramos em contato com a Agetran, mas até a publicação desta matéria o órgçao não emitiu nenhum retorno sobre o assunto. (Com supervisão de Evelin Araujo).