A viúva do jornalista assassinado Leo Veras, Cintia Gonzales, acusa o deputado colorado Santiago Benítez de tentativa de suborno para favorecer o principal suspeito do crime, Waldemar Rivas Días, o ‘Cachorrão’. Ela teria que entregar um pendrive com evidências do assassinato para a polícia.
O objetivo, segundo a acusação, era favorecer ‘Cachorrão’. Ele está sendo procurado desde que foi absolvido pela Justiça Paraguaia e depois teve o julgamento anulado. As informações da tentativa de extorsão foram publicadas pelo Jornal ABC Color nesta quinta-feira (24).
A gravidade da acusação reside na tentativa de manipulação do processo judicial e na implicação direta de um membro do Congresso Nacional no encobrimento de um crime tão grave.
A denúncia de González levanta sérias questões sobre a justiça e a impunidade no Paraguai, exigindo uma investigação completa e transparente para apurar os fatos e responsabilizar os envolvidos.
“Dias após sua morte, ele me pediu para mediar a entrega de um pendrive ao Ministério Público contendo supostas provas que favoreciam suspeito da morte de Leo, que é ligado ao crime organizado. Santiago se esforçou para me convencer a entregar o pendrive. E em troca, segundo ele — eu receberia uma recompensa”, revelou a viúva.
Descaso nas investigações
Recentemente, ao assassinato do jornalista Leo Veras voltou a ser questionado pelo descaso das autoridades paraguaias. O consórcio jornalístico Forbidden Stories, em parceria com o OCCRP (Projeto de Investigação Sobre Crime Organizado e Corrupção, na sigla em inglês), obteve documentos dessa investigação que mostram uma série de negligências.
Segundo o Consórcio, pedidos de cooperação feitos por agentes brasileiros foram ignorados e evidências, descartadas. Cintia González tem convicção de que seu marido foi morto por ter investigado o crime organizado, em especial o PCC.
Um dos líderes da facção, o ‘Minotauro’, é suspeito de ter encomendado, da prisão, a morte de Veras, segundo documentos oficiais obtidos pelo Forbidden Stories. O crime teria sido executado por Waldemar Rivas Días, o ‘Cachorrão’.
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