Outro vídeo que circula em grupos de WhatsApp mostram mais um abuso cometido contra um adolescente e um cavalo em um haras, em uma cidade da região leste de Mato Grosso do Sul. No dia 13 deste mês, o Midiamax noticiou sobre o abuso contra um adolescente de 14 anos.
Nas imagens é possível ouvir um dos abusadores falar, ‘vai, de novo, vai’. Logo em seguida, o homem começa a rir da situação. O garoto seria outro neste vídeo em que aparece sendo abusado junto do cavalo pelos empresários.
Os empresários são investigados pela Polícia Civil pelo abuso. As imagens mostram quando os autores fazem com que o garoto se ajoelhe perto do cavalo para que pratiquem o abuso. Eles teriam oferecido R$ 20 ao adolescente.
Um dos investigados é proprietário de uma academia, enquanto o outro possui uma loja de ração. A denúncia do crime chegou à polícia em fevereiro deste ano.
A denúncia
O vídeo teria registrado o momento em que um dos suspeitos diz: “só valeria a aposta se a genitália alcançasse a boca do menor”, conforme o registro policial.
Em seguida, o adolescente teria se proposto a fazer a aposta e se ajoelhado. Neste momento, segundo o boletim de ocorrência, um dos suspeitos teria tentado colocar a genitália do animal na boca do adolescente.
Ainda conforme o registro, os suspeitos teriam dito: “Abre a boca”, quando induziram o menor a pegar a genitália do animal e fazer movimentos. Na delegacia, a polícia identificou que o adolescente teria TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade) e TOD (Transtorno Opositivo Desafiador).
Além disso, a avó do adolescente teria autorizado o menor a ir para o haras, visto que ele vai ao local com frequência e o suspeito seria pessoa de confiança da família.
Após a divulgação do vídeo, as imagens chegaram ao conhecimento de uma conselheira tutelar. Ainda há a informação de que o adolescente explicou para a avó que a dupla ofereceu R$ 20 para gravar o vídeo e transferiu o valor via Pix na conta dele.
Adolescente que também frequenta o haras alega ‘brincadeira’
Já no dia 1º de março, dois adolescentes estavam assistindo ao vídeo, quando a mãe de um deles percebeu que uma das vozes aparentava ser do dono da loja de ração. Logo, ela foi até a delegacia, onde relatou os fatos.
Na delegacia, a mulher disse que desde os 10 anos, seu filho acompanha a dupla, pois ele costuma ir até o haras para laçarem. Contudo, o filho dela, atualmente com 16 anos, teria dito que o fato ocorrido com o adolescente se trata de uma ‘brincadeira’, mas que os empresários lhe pagaram um valor por isso.
Depois, o Conselho Tutelar procurou a mulher e confirmou que dias atrás soube de um vídeo que estava no aparelho celular de um menor.
Ainda de acordo com o relato dela à polícia, seu filho não possui nenhum transtorno ou doença que comprometa sua saúde mental. Ela também disse que não sabe se há mais vídeos e que seu filho nunca relata o que ocorre no haras. Por isso, ela apenas acreditava que os menores iam até o local para laçarem, visto que tinha total confiança nos empresários.
Por fim, contou aos policiais que o dono da loja de ração chamava o filho dela para laçar, na maioria das vezes. Porém, eventualmente, também chamou o adolescente para trabalhar na fazenda dele com plantio de grama e tratamento de cavalos.
Apesar dos relatos, a dupla de empresários não foi presa e a Polícia Civil segue com as investigações.
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