Nesta segunda-feira (14), dia em que Sophie Eugênia Borges de Medeiros completaria seu 1º ano de vida, uma homenagem foi prestada pela sua madrinha nas redes sociais. Sophie tinha dez meses quando ela e sua mãe, Vanessa Eugênia Medeiros, de 23 anos, foram mortas carbonizadas pelo pai, João Augusto Borges de Almeida, no dia 26 de junho deste ano.
Preso desde a época do crime, o feminicida foi denunciado pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) e virou réu no início de junho. No próximo dia 12 de agosto, a primeira audiência de instrução e julgamento do caso ocorrerá no Fórum de Campo Grande.
A homenagem feita pela madrinha da pequena Sophie foi realizada por meio de um vídeo publicado nas redes sociais. A cena mostra a bebê batendo ‘palminhas’ e, logo, divertindo-se ao ouvir uma canção de parabéns.
“Parabéns, minha eterna princesa. Sei que hoje no céu está acontecendo o aniversário mais lindo de todos Sophie, a dinda te ama muito que os anjos te deem todos os abraços que não pudemos de dar minha linda estrelinha”, escreveu a madrinha de Sophie.
Relembre o crime
João Augusto foi preso no dia 27 de junho, quando registrava boletim de ocorrência na 6ª DP (Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande), alegando desaparecimento de Vanessa e Sophie. Assim, a DHPP (Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa) foi acionada e passou a investigar o caso.
Em coletiva de imprensa na época, o delegado Rodolfo Daltro deu detalhes do interrogatório de João, que se demonstrou frio durante todo o tempo. Segundo ele, o homem matou a companheira e depois assassinou a bebê esganada.
“Total frieza! Ele relata que aplicou um mata-leão na esposa, com um pretexto de conversar sobre o relacionamento. Ele chamou ela até o quarto e ela deixou a criança na cama com uns brinquedos. Depois, ele a chamou para conversar sobre o casamento, ele deu um mata-leão, imobilizou pelos pés também; em seguida, direcionou a criança e a esganou”, explicou.
Após matar a companheira e a filha, por volta das 16 horas, durante o intervalo de almoço do suspeito, ele trabalhou normalmente no dia 26 de maio, pois, conforme disse em interrogatório, acreditava que o crime seria descoberto somente após cerca de dois dias.
Logo que saiu do trabalho às 19 horas, o homem passou em um posto de combustíveis, onde comprou R$ 16 de gasolina. Ao chegar em casa, enrolou Vanessa e a pequena Sophie em cobertores, colocou as duas no porta-malas de um carro modelo Gol, de cor preta, e foi até a região do Indubrasil. Lá, o suspeito ateou fogo na companheira e na filha.
Interrogatório
Durante interrogatório na DHPP, João Augusto falou sobre o começo do relacionamento entre ele e Vanessa, quando se conheceram em um aplicativo de relacionamento e passaram a morar juntos, com dois meses de namoro.
Quando questionado sobre como era o relacionamento, João disse que era conturbado, que havia muitas brigas, discussões, que era ciumento, e Vanessa não aceitava os pedidos de mudança de comportamento.
Quando Vanessa ficou grávida, João disse ter aceitado a gravidez, mas, depois que Sophie nasceu, ele revelou que passou a ter raiva da filha. Disse ter ódio quando a bebê completou dois meses. “Se eu não tivesse matado ela [Sophie], eu teria doado”.
Apesar de não estar sob efeito de nenhuma droga, João não demonstrou remorso algum pelos crimes. Ele ainda falou que Vanessa queria se separar logo após a bebê nascer, mas ele não aceitava o fim, já que temia que a pensão a ser paga pudesse ter um valor muito alto.
“Ela [Vanessa] disse que ia embora com a pequena e que ia fazer a Sophie me odiar e que, se alguma coisa acontecesse com ela, a bebê ficaria com minha cunhada”, disse João.
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