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Polícia

‘Vanessa não poderia retornar para casa sem escolta’, diz Ministério das Mulheres em nota

Equipe ministerial viaja a Campo Grande ainda neste final de semana para apurar a conduta na delegacia
Diego Alves -
Jornalista Vanessa, vítima de feminicídio em Campo Grande (Arquivo Pessoal)

Percurso para que a jornalista Vanessa Ricarte retornasse para casa, onde foi assassinada na última quarta-feira (12), não poderia ter ocorrido sem escolta da Patrulha Maria da Penha, conforme nota do Ministério das Mulheres publicado no início da madrugada deste sábado (15).

A jornalista retornou para a própria casa com intuito de pegar seus pertences pessoais, quando foi morta a facadas pelo ex-noivo Caio Nascimento, na última quarta-feira (12).

Segundo o Ministério, foi encaminhado à Corregedoria da Polícia Civil de , solicitação de procedimento investigativo para apurar o atendimento prestado à jornalista.

Ainda conforme o Ministério das Mulheres, equipe viaja a ainda neste final de semana para dialogar com representantes da rede de atendimento.

Áudios

Áudios relatam o tratamento dado à jornalista. Vanessa diz a uma amiga como se sentiu tratada por uma delegada ‘fria e seca’ na delegacia onde deveria ser acolhida, diante da situação de vulnerabilidade que se encontrava. (Escute abaixo)

“O jeito que ela me tratou foi bem prolixo. Bem fria e seca”, resumiu Vanessa Ricarte.
“Eu, que tenho instrução, escolaridade, fui tratada desta maneira. Imagina uma mulher vulnerável… essas que são mortas”, disse a jornalista em mensagem a uma amiga. “Tudo protege o cara, o agressor”, resumiu.

Leia nota do Ministério das Mulheres

No papel de monitorar, supervisionar e fiscalizar a efetividade das políticas e serviços destinados a mulheres em situação de violência, o Ministério das Mulheres encaminhou um ofício à Corregedoria da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul solicitando a abertura de procedimento investigativo para apurar o atendimento prestado à jornalista Vanessa Ricarte, vítima de na última quarta-feira, e ao Ministério Público a respeito de providências a serem tomadas.

Em áudio veiculado nesta sexta-feira (14), Vanessa descreve ter informado, durante atendimento na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher () em Campo Grande, a decisão de retornar até sua casa, onde estava o agressor, Caio Nascimento. O percurso não poderia ter ocorrido sem a escolta da Patrulha Maria da Penha, de acordo com o protocolo de avaliação de risco para mulheres em situação de violência e que orienta o atendimento na Casa da Mulher Brasileira.

A equipe do Ministério das Mulheres viaja a Campo Grande ainda neste final de semana para dialogar com representantes da rede de atendimento. O órgão se solidariza com familiares, amigos e amigas de Vanessa e reafirma o compromisso de atuar pela prevenção e enfrentamento a todos os tipos de violência contra as mulheres, em especial o feminicídio, com investimentos em diversas políticas públicas focadas em informação e em atendimento. Nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada.

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