Apesar de estar hospitalizada, uma mulher de 40 anos que foi esfaqueada seis vezes pelo companheiro na madrugada desse domingo (6) continuou recebendo ameaças de morte. O crime aconteceu no bairro Tiradentes após uma discussão entre o casal.
Em contato com a reportagem do Jornal Midiamax, a vítima contou que na noite de sábado (5), ela e o companheiro foram a uma festa no bairro, mas brigaram e resolveram ir embora. Ao chegar em casa, o homem teria continuado a briga pela madrugada e a companheira pediu que ele fosse embora.
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“Eu falei ‘estamos brigando demais, é um relacionamento muito tóxico, não está dando certo’”, relatou a mulher.
Em seguida, o homem falou que iria embora da residência, mas ligou o botijão de gás do imóvel e pegou uma faca. Logo, foi para o quarto e ameaçou matar a mulher. “Ele pegou a faca e foi para o quarto dizendo ‘vou embora, mas você vai morrer’”, contou a vítima.
E neste momento, a vítima foi atingida com seis facadas, sendo uma que atingiu suas partes íntimas. A todo instante, segundo o relato da mulher, ela gritava como forma de pedir socorro. Depois, seu filho que mora nas proximidades foi até o imóvel e acionou a polícia. Contudo, o homem pegou algumas roupas e fugiu.
No imóvel, além do casal, estavam as netas da mulher, que são duas crianças de 7 anos, e um bebê de 8 meses, que presenciaram todo o episódio de violência. “Minha neta estava passando o fim de semana comigo, ela viu tudo e ficou traumatizada. Ninguém nunca passou por isso na minha casa”, relatou a vítima.
Após ser socorrida, a mulher foi hospitalizada devido às lesões provocadas pela faca. Contudo, mesmo internada, ela continuou sendo ameaçada pelo homem, que lhe enviou diversas mensagens.
“Você vai conhecer meu lado ruim ‘dmr’. Tomou sorte que não pegou no pescoço. Você vai ver, vou matar você ‘guria’”, diz o suspeito nas mensagens. Entre as diversas mensagens, algumas foram apagadas pelo suspeito, mas conforme o relato da vítima, o homem escreveu que iria voltar para matar ela e o filho.

Suspeito acumula extensa ficha criminal
Durante entrevista ao Jornal Midiamax, a vítima, que está muito abalada, contou que se relacionava com o suspeito há três anos, mas ele era ciumento. Revelou também que o casal chegou a ficar seis meses separados e em outubro do ano passado ela denunciou o homem à polícia.
“Ele invadiu minha casa e queimou minhas roupas. Mas aí tempos depois, ele falou que ia mudar e eu dei uma nova chance”, relatou.
Porém, nesse domingo (6), houve um novo episódio de violência e a mulher teve a seguinte reflexão. “Deus me deu mais uma chance, não era minha hora”, falou.
Conforme o relato da mulher agredida, o suspeito acumula uma extensa ficha criminal. Entre as passagens, estão: homicídio, pelo qual ele foi absolvido, tentativa de homicídio, tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo.
Nesta segunda-feira (7), a delegada Analu Ferraz, da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) explicou ao Jornal Midiamax que foi pedida a prisão do suspeito. A delegada afirmou também que ninguém foi ouvido, mas a equipe está em diligências sobre o caso.
📍 Onde buscar ajuda em MS
Em Campo Grande, a Casa da Mulher Brasileira está localizada na Rua Brasília, s/n, no Jardim Imá, 24 horas por dia, inclusive aos finais de semana.
Além da DEAM, funcionam na Casa da Mulher Brasileira a Defensoria Pública; o Ministério Público; a Vara Judicial de Medidas Protetivas; atendimento social e psicológico; alojamento; espaço de cuidado das crianças – brinquedoteca; Patrulha Maria da Penha; e Guarda Municipal. É possível ligar para 153.
☎️ Existem ainda dois números para contato: 180, que garante o anonimato de quem liga, e o 190. Importante lembrar que a Central de Atendimento à Mulher – 180, é um canal de atendimento telefônico, com foco no acolhimento, na orientação e no encaminhamento para os diversos serviços da rede de enfrentamento à violência contra as mulheres em todo o Brasil, mas não serve para emergências.
As ligações para o número 180 podem ser feitas por telefone móvel ou fixo, particular ou público. O serviço funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana, inclusive durante os finais de semana e feriados, já que a violência contra a mulher é um problema sério no Brasil.
Já no Promuse, o número de telefone para ligações e mensagens via WhatsApp é o (67) 99180-0542.
📍 Confira a localização das DAMs, no interior, clicando aqui. Elas estão localizadas nos municípios de Aquidauana, Bataguassu, Corumbá, Coxim, Dourados, Fátima do Sul, Jardim, Naviraí, Nova Andradina, Paranaíba, Ponta Porã e Três Lagoas.
⚠️ Quando a Polícia Civil atua com deszelo, má vontade ou comete erros, é possível denunciar diretamente na Corregedoria da Polícia Civil de MS pelo telefone: (67) 3314-1896 ou no GACEP (Grupo de Atuação Especial de Controle Externo da Atividade Policial), do MPMS, pelos telefones (67) 3316-2836, (67) 3316-2837 e (67) 9321-3931.
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