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Polícia

Universitário de MS é condenado em crime de injúria racial por chamar colega de ‘macaco’

Ofensa foi praticada durante evento esportivo em 2023 na cidade de Dourados
Marcos Morandi -
Ofensas aconteceram durante evento público (Foto: Divulgação)

A 1ª Vara Criminal da Comarca de condenou um estudante universitário pela prática de injúria racial durante um torneio universitário realizado no ginásio de uma particular da cidade. O crime ocorreu dia 15 de maio de 2023, durante um jogo de basquete. A sentença foi divulgada nesta quarta-feira (15).

Segundo o processo, após um desentendimento, o autor ofendeu a vítima chamando-o de “macaco filho da p*”**. Segundo relatos, a vítima tentou intervir para separar um conflito entre jogadores, momento em que foi alvo das ofensas raciais.

Mesmo sendo expulso da partida pelos árbitros, o réu continuou a provocar a vítima da arquibancada, gesticulando de maneira ofensiva e tocando as genitálias. Após a denúncia feita aos árbitros durante o jogo, nenhuma medida adicional foi tomada no momento.

No dia seguinte, a vítima registrou um boletim de ocorrência e relatou o caso à coordenação da universidade. A atlética do curso de Odontologia publicou uma nota de repúdio nas redes sociais, que foi amplamente compartilhada.

Justiça acatou tese do Ministério Público

A denúncia contra o universitário foi apresentada pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso Sul) por meio do promotor João Linhares Júnior, que destacou a gravidade do caso e o impacto do , especialmente em ambientes educacionais.

Durante o julgamento, testemunhas confirmaram os fatos relatados pela vítima. O juiz Marcelo da Silva Cassavara reconheceu que o uso da palavra “macaco” teve o objetivo de humilhar e ofender a vítima por sua cor, caracterizando injúria racial.

O crime é previsto no artigo 20-A da Lei nº 7.716/89. Dessa forma, o estudante foi condenado a dois anos de reclusão, substituídos por prestação de serviços comunitários e pagamento de uma de R$ 8.000 à vítima, corrigida monetariamente.

O advogado da vítima, Carlos Mascarenhas, disse que o trabalho foi árduo. “Com um trabalho minucioso e comprometido, juntamente com o Dr. Ricardo Moreira e o Dr. Adrian Dyego, atuamos como assistentes de acusação neste processo de injúria racial, contribuindo significativamente para o desenvolvimento do caso. Por meio de uma análise criteriosa das provas e das etapas processuais, foi possível comprovar a autoria do crime, garantindo que a justiça fosse feita e reafirmando nosso compromisso com o combate as práticas discriminatórias e a promoção da justiça”, disse.

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*Matéria atualizada às 17h12 para acréscimo de informações

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