O quilômetro 414 da BR-060, entre Campo Grande e Sidrolândia, foi liberado na tarde desta segunda-feira (28) após cerca de 12 horas de interdição com protesto pela reforma agrária.
Desde às 4 horas da madrugada desta segunda (28), uma fila de veículos ocupava o trecho conhecido como ‘Capão Seco’. Na ocasião, mais de 600 famílias do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) cobravam políticas públicas na Jornada de Lutas pela Reforma Agrária, também conhecida como “Abril Vermelho”.
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E segundo afirmou a PRF (Polícia Rodoviária Federal) ao Jornal Midiamax, as famílias liberaram a rodovia por volta das 16 horas da tarde. Após a liberação, o grupo do MST caminhou até a sede do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) para se reunir com seus representantes.
Protesto provocou congestionamento na BR-060
Segundo a PRF informou no início da tarde desta segunda (28), ocorreu um congestionamento de aproximadamente 2 quilômetros no sentido de Sidrolândia a Campo Grande e de 5 quilômetros no sentido Campo Grande a Sidrolândia.
O trecho da BR-060 foi bloqueado com pneus queimados, galhos de árvores e madeira. A cada 1 hora, a pista era liberada por 15 minutos para os veículos passarem.
Além disso, veículos da saúde e segurança pública eram liberados para transitar.

Reforma agrária
Sandra Maria Costa Soares, diretora-executiva da União Geral dos Trabalhadores, representando a agricultura familiar pela Reforma Agrária e presidente da FAFER-MS (Federação da Agricultura Familiar e Empreendedora de Mato Grosso do Sul), destaca o cadastro de 13 mil famílias assentadas com cadastro no Incra. Contudo, o trecho escolhido para o protesto soma milhares de famílias vivendo em barracos à beira da estrada.
“Estamos reivindicando o acesso à reforma agrária em MS. Temos feito várias negociações, seminários e não tivemos resultados positivos para que as famílias sejam assentadas dentro do número de famílias cadastradas pelo Incra. Precisamos que o Incra nacional, o presidente do Incra e o ministro Paulo Teixeira venham para negociar diretamente, pois queremos uma negociação com o superintendente regional”, narra.
“A intenção do protesto não é prejudicar a sociedade, pelo contrário, é reivindicar a reforma agrária, as áreas de dívidas bancárias e com a União, áreas que são da União e precisam ser transformadas para a Reforma Agrária. Aqui em Capão Seco, há áreas da União que são importantes para a população da reforma agrária, inclusive, protegidas pelo Estado, que estão deixando de dar o direito aos trabalhadores de acessar as propriedades para produzir com qualidade e ter condições de dignidade aos trabalhadores que compõem a BR-060.”

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