O brasileiro Marcos Roberto de Almeida, conhecido como “Tuta”, apontado como possível sucessor de Marcos Willians Herbas Camacho, mais conhecido como Marcola, no comando da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), foi entregue às autoridades brasileiras neste domingo (18), na cidade de Corumbá (MS). A extradição ocorreu por meio de uma ação coordenada entre a Força Anticrime da Bolívia e a Polícia Federal do Brasil.
Segundo informações do Diário Corumbaense, a entrega de Tuta aconteceu por volta das 6h, na linha de fronteira entre os dois países. A operação contou com o envolvimento de cerca de 50 agentes da Polícia Federal brasileira. Após ser recebido em território nacional, o suspeito foi escoltado sob forte esquema de segurança até o Aeroporto Internacional de Corumbá, de onde partiu em uma aeronave da PF por volta das 12h20. O destino do voo não foi divulgado.
Prisão na Bolívia
A prisão de Marcos Roberto aconteceu após ele comparecer voluntariamente a uma unidade policial boliviana para tentar renovar documentos migratórios. No local, apresentou uma identidade brasileira falsa, em nome de Maycon da Silva. A falsificação foi rapidamente detectada pelas autoridades do país vizinho, que acionaram a Interpol e o oficial de ligação da Polícia Federal brasileira na Bolívia.
Por meio de checagem biométrica, foi confirmada a verdadeira identidade do suspeito, cujo nome consta na lista de Difusão Vermelha da Interpol e em diversos mandados de prisão emitidos no Brasil. A detenção foi realizada pela FELCC (Força Especial de Luta Contra o Crime Organizado), da Bolívia.

Cooperação internacional
Durante entrevista coletiva, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, destacou a importância da atuação conjunta entre países no combate ao crime organizado. “Essas ações demonstram nosso compromisso com a prisão de lideranças criminosas, o enfrentamento ao poder financeiro dessas organizações e a integração entre as forças de segurança nacionais e internacionais”, declarou.
Apesar da confirmação oficial da identidade de Marcos Roberto de Almeida pela Polícia Federal, divulgada em nota no sábado (17), o diretor-geral evitou mencionar o nome completo do suspeito e da facção a que ele pertence. “Não vou exaltar nem nomes de criminosos, nem de organizações”, justificou.
No momento da coletiva, a polícia brasileira ainda não havia informado se algum material foi apreendido durante a prisão.
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