A mulher presa por suspeita do assassinato de Adailton Cabreira Santana, de 29 anos, já havia pedido medida protetiva contra a vítima e também o esfaqueado em outra ocasião, no começo do ano passado.
Conforme boletim de ocorrência da época do outro esfaqueamento, a mulher relatou à Polícia Militar que estava separada de Adailton há três meses após manterem um relacionamento por três anos. Naquela noite, ele teria entrado na casa dele e os dois brigaram.
Ela conta que ele teria dado um soco na cabeça dela e tentou aplicar um golpe mata-leão. Entretanto, ela pagou uma faca de serra e, para se defender, atacou ele com o objeto. Adailton acabou com 13 perfurações leves no corpo e uma na bochecha.
Adailton estava sentado no sofá quando a polícia chegou, sendo levado para a Santa Casa, posteriormente. Ele afirmou que o casal ainda estava junto e teria provas disso. Aos policiais, a mulher ainda relatou que fez vários boletins de ocorrência por agressão contra o ex-marido e pediu uma medida protetiva de urgência.
Na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), ela contou que o ex teria invadido a casa alegando que tinha outro homem lá. Depois, a agrediu e pressionou uma faca contra a sua barriga, enquanto fazia ameaças. A mulher teria conseguido tirar a faca das mãos dele e desferido os golpes. Ela mesmo teria acionado a PM.
Ela ainda diz que ele, mesmo ferido, a chamava de “vagabunda” e afirmava que a mataria. Ele teria tentado sair da casa, mas por conta dos ferimentos, não conseguiu.
Facada no pescoço
Situação semelhante ocorreu neste sábado (8). Entretanto, Adailton acabou morto pela mulher. Ao chegar no local do crime, a polícia se deparou com a mulher pressionando uma almofada no peito de Adailton, que já estava morto.
A suspeita disse que ele mesmo tinha se ferido durante uma discussão e que ela não tinha saído em nenhuma momento da residência. A faca usada no crime estava próxima do corpo.
Prima da autora esteve no local e afirmou que viu a mulher na esquina da casa em atitude suspeita. Familiar de Adailton contou à polícia que a mulher já havia agredido a vítima com faca, mas que ele não procurou para registrar as agressões dela.
Conforme o boletim de ocorrência, os ferimentos no corpo não correspondem ao relato da autora do crime. Por conta dos fatos, ela foi presa.
Na época do primeiro esfaqueamento, ele chegou a passar uns dias com a mãe e dizia que iria terminar o relacionamento. “Um dia falei: ‘você quer sair do caixão da casa dela? E ele disse que não, que ia largar mão’. Agora saiu no caixão”, disse uma amiga da família, de 48 anos.
Segundo caso no ano
Em janeiro de 2025, Reinaldo Gouveia foi assassinado com uma tijolada na cabeça pela companheira, no Jardim Pênfigo, em Campo Grande. Segundo apurado pelo Jornal Midiamax, o casal teria começado a brigar, quando o homem tentou matar a companheira com uma pá.
Para se defender, a mulher desferiu uma tijolada na cabeça do companheiro, que não resistiu e morreu no local. Ainda segundo informações preliminares, a filha da suspeita, de 17 anos, também teria sido agredida pelo homem.
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