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Polícia

Sindicatos repudiam fala de Lewandowski e citam trabalho árduo da polícia de MS para cumprir prisões

Ministro da Justiça e Segurança Pública rebateu críticas sobre a função do Poder Judicário na última quarta-feira (19)
Thatiana Melo, Lívia Bezerra -
Polícia Civil (Foto: Nathalia Alcântara, Midiamax)

Sindicatos que representam os policiais de manifestaram repúdio nesta sexta-feira (21) à fala do ministro da Justiça e Segurança Pública, , sobre o comportamento da polícia no

A declaração de Lewandowski ocorreu durante um evento em Brasília na última quarta-feira (19), onde ele rebateu críticas sobre a função do Poder Judiciário e afirmou que é obrigado a soltar pessoas presas devido às prisões conduzidas de forma errada. Segundo ele, ‘a polícia prende mal e o Judiciário é obrigado a soltar’. 

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Por isso, o Jornal Midiamax acionou o delegado-geral da Polícia Civil de MS, Lupérsio Degerone Lucio, o Sinpol-MS (Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul) e a Adepol/MS (Associação dos Delegados de Polícia de MS. À reportagem, o sindicato e a associação defendem o trabalho árduo dos policiais para cumprir as prisões, mesmo com os desafios enfrentados diariamente. 

O presidente da Adepol/MS negou que os policiais prendem mal e citou que a polícia do Brasil é composta por pais e mães de família, muito bem treinados para atuarem. “‘A polícia prende mal’, não é verdade, a Polícia brasileira é composta por pais e mães de família comprometidos com a missão e muito bem treinados para atuar em prol do cidadão”, afirmou. 

E sobre a declaração de que a Justiça é obrigada a soltar, o presidente pontuou que o magistrado decide conforme a lei. Pontuou também sobre a falta de segurança intensa no País.

“‘Por isso a Justiça solta’, também não é verdade, o Juiz solta apenas porque segue a lei, não por erro da Polícia ou qualquer outra razão menos nobre. A falta de segurança intensa no Brasil decorre de uma legislação permissiva e leniente com o crime e com o criminoso, e não decorrente de atuação ineficiente da Polícia ou da Justiça”. 

O delegado-geral da Polícia Civil, por sua vez, disse que a corporação pauta suas atividades com fundamento na legislação. “A Polícia Civil pauta suas atividades, dentre elas a prisão de autores de crimes, com fundamento na legislação penal, processual penal e na Constituição Federal”, afirmou.

‘As polícias trabalham arduamente’

Assim como seis instituições policiais se reuniram e emitiram um manifesto, o Sinpol-MS também manifestou repúdio à declaração de Lewandowski, se alinhando a Cobrapol (Confederação Brasileira dos Trabalhadores Policiais Civis). 

Ao Jornal Midiamax, o presidente do sindicato, José Nascimento Sobrinho, defendeu o trabalho árduo dos profissionais. “Mesmo com desafios diários, as polícias trabalham arduamente, inclusive se arriscando para cumprir seu dever constitucional”, lembrou.

Além disso, o Sinpol afirmou que cobra uma postura mais responsável e construtiva das autoridades para enfrentamento da crise na segurança pública. 

Ainda, foi destacado pelo sindicato a redução nos números de roubos e furtos na Capital sul-mato-grossense nos dois primeiros meses deste ano, se comparado ao mesmo período de 2024.

“O trabalho dos policiais tem sido determinante para essa queda nos índices de roubos e furtos. Mesmo diante de desafios estruturais e operacionais, seguem firmes na missão de garantir a segurança da população. É um esforço diário, com investigações estratégicas, mapeamento de criminosos e operações para desarticular grupos criminosos”, reforçou o presidente. 

Confira a nota na íntegra:

O Sinpol MS se alinha à Confederação Brasileira dos Trabalhadores Policiais Civis – Cobrapol e manifesta repúdio à recente declaração do Ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski. O presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul (Sinpol-MS), José Nascimento Sobrinho, lembra que, mesmo com desafios diários, as polícias trabalham arduamente, inclusive se arriscando para cumprir seu dever constitucional.

O Sinpol-MS reafirma seu compromisso com a defesa dos policiais civis e da sociedade e cobra das autoridades uma postura mais responsável e construtiva para enfrentar a crise na segurança pública. Também destaca os resultados positivos alcançados pelas forças de segurança na redução da criminalidade na capital sul-mato-grossense. Levantamento realizado pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) aponta uma expressiva redução nos índices de roubos e furtos em nos dois primeiros meses de 2025, comparado ao mesmo período de 2024.

“O trabalho dos policiais tem sido determinante para essa queda nos índices de roubos e furtos. Mesmo diante de desafios estruturais e operacionais, seguem firmes na missão de garantir a segurança da população. É um esforço diário, com investigações estratégicas, mapeamento de criminosos e operações para desarticular grupos criminosos”, reforça Nascimento Sobrinho.

Nos meses de janeiro e fevereiro de 2025, os casos de caíram 29,6%, passando de 425 ocorrências no ano anterior para 299 no período atual. A queda foi ainda mais significativa em roubos de veículos (-50%), roubos em vias urbanas (-36,8%) e roubos ao comércio e residências (-11,8%). Além disso, não houve registros de roubo seguido de morte no período analisado. Já os furtos apresentaram uma redução de 15,4%, com 2.332 registros contra 2.757 no ano passado. Destaque para a queda de 28,3% nos furtos de veículos e 18% nos furtos a residências. Os dados são da Sejusp.

‘Polícia prende mal’

Instituições policiais se reuniram e emitiram, nessa quinta-feira (20), um manifesto de repúdio à declaração de Ricardo Lewandowski sobre o comportamento da polícia no Brasil.

O ministro da Justiça e Segurança Pública rebateu críticas sobre a função do Poder Judiciário e afirmou que é obrigado a soltar pessoas presas, pois a polícia faria as prisões de maneira equivocada.

“É um jargão que foi adotado pela população, que a polícia prende e o Judiciário solta. Eu vou dizer o seguinte: a polícia prende mal e o Judiciário é obrigado a soltar”, disse o ministro.

O manifesto definiu Lewandowski como “absolutamente alheio e desconhecedor da realidade institucional das forças policiais”, e que não seria qualificado para tratar da segurança pública nacional. O documento também convidou o ministro para visitar o mausoléu dos policiais mortos durante serviço em São Paulo.

“As declarações estereotipadas, do ministro Ricardo Lewandowski, revelam a total inação e falência da política nacional de segurança pública do governo, que desconsidera vários (bons) programas da gestão anterior e alavanca uma constante polarização política e tensões com as instituições policiais do Brasil […] que compareça a enterros de policiais, quase que diariamente mortos em decorrência do cargo, para refletir um pouco mais antes de fazer declarações infelizes, que ofendem a honra e a história das instituições policiais e de seus integrantes, que garantem a paz social e a governabilidade do país”, diz o manifesto.

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