Foi marcado o júri popular de Aparecida Graciano de Souza, de 63 anos, acusada de envenenar e esquartejar o marido de 64 anos, Antônio Ricardo Cantarin, em Selvíria, a 399 quilômetros de Campo Grande, teve o julgamento marcado para junho deste ano.
O crime aconteceu em 2023, quando Aparecida deu veneno de rato para o marido e o viu agonizar por cerca 8 horas, sendo que depois o esquartejou jogando partes de seu corpo na rodovia. O julgamento da idosa ocorrerá no dia 11 de junho às 8h30.
Foi autorizado no dia do júri a apresentação, em plenário, do objeto utilizado como arma do crime. A denúncia foi recebida pelo MPMS (Ministério Público Estadual), um mês depois do crime, no dia 13 de junho de 2023.
Segundo a denúncia, após alguns desentendimentos com a vítima, que era seu esposo, Aparecida deu um copo com água envenenada para Antônio beber e, após a morte do marido, esquartejou o corpo. Partes do cadáver ficaram em um freezer na casa da ré e outra parte foi jogado em uma rodovia dentro de uma mala. A denunciada foi presa em flagrante e teve a custódia convertida em prisão preventiva em maio de 2023.
Relembre o caso
Em interrogatório, a idosa contou que se lembrou de quando a irmã quase morreu ao ingerir veneno de rato, e por isso, resolveu dar ao marido, dizendo que era remédio. Ao anoitecer, constatou que o marido já havia morrido e ela cobriu o corpo com um lençol.
Na segunda-feira, dia 22 de maio de 2023, a mulher disse para os vizinhos que parentes do marido haviam levado ele para tratamento em São José do Rio Preto, em São Paulo.
Preocupada com o corpo que estava em sua residência e já estava cheirando mal, na terça-feira, dia 23, pela manhã, a idosa esquartejou o marido separando o tronco, a cabeça e braços e pernas. Disse ainda que sempre matou porcos e sabia como fazer esse procedimento. Ela então colocou plástico na cama e usou panos para conter o sangramento.
No dia seguinte, quarta-feira, dia 24, como o cadáver começou a cheirar mal, a mulher colocou o tronco em uma mala preta e o restante em sacos plásticos e armazenou em um freezer.
Como não conseguia carregar a mala com o corpo, a mulher pediu ajuda de dois rapazes, dizendo que na mala havia retalhos de tecidos. Após colocar a mala dentro do carro, a mulher seguiu em direção à rodovia, na saída para Três Lagoas, depois entrou em uma estrada que já conhecia e empurrou a mala da porta do carro e voltou para a cidade.
No outro dia, quinta-feira, dia 25, a mulher não conseguiu se desfazer do restante do corpo, pois o carro havia apresentado problema. Então, no dia seguinte, conseguiu deixar as outras partes também na saída para Três Lagoas.
No mesmo dia, a polícia apareceu em sua casa. A princípio ela negou, mas depois de entrar em contradição confessou que matou o marido com veneno de rato e o esquartejou. Então, indicou aos policiais onde estava o restante do corpo.
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