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Polícia

Réu que atropelou e atirou em motoentregador é condenado a 4 anos no regime aberto

Crime de tentativa de homicídio foi desclassificado, e o réu foi condenado por disparo de arma de fogo em local habitado e porte ilegal de arma de fogo
Lívia Bezerra -
Motoentregador foi atropelado no dia 9 de março de 2024, e o réu foi condenado nesta quinta. (Fotos: Reprodução/Câmeras de Segurança e Eliel Dias/Midiamax)

Geneis de Matos Cabral foi condenado a quatro anos no regime aberto por atropelar e atirar no motoentregador André Luiz da Silva Almeida, no Bairro Coophavila II, em .

O gerente comercial, de 49 anos, foi julgado nesta quinta-feira (17) pelo crime ocorrido em março do ano passado. Em julgamento, ele negou o crime e alegou ter assumido a autoria, antes, por conta de uma dívida com o outro réu, Elias da Silva Maldonado, de 36 anos, morto a tiros em julho de 2024.

Durante o popular, a defesa do réu pediu pela desclassificação de tentativa de homicídio para outro crime não doloso contra a vida. A tese foi acolhida pelo Conselho de Sentença, que condenou o gerente comercial por disparo de arma de fogo em local habitado e de fogo.

Assim, conforme sentença assinada pelo juiz de Direito, Carlos Alberto Garcete, da 1ª Vara do Tribunal do Júri, Geneis foi condenado a 4 anos de reclusão e 20 dias-multa no regime aberto.

Em depoimento na 1ª Vara do Tribunal do Júri, o gerente comercial alegou que precisava de dinheiro emprestado e foi convencido por Elias a confessar.

O outro réu estava em liberdade condicional, mas deveria colocar tornozeleira eletrônica nos dias seguintes ao crime. Por medo de voltar à prisão, Elias pediu que Geneis assumisse a autoria sozinho.

“O Elias me procurou uns dias depois do acontecido. Eu já tinha visto nas mídias [jornais] o vídeo da caminhonete passando por cima. Quando eu conheci ele, eu precisei de um dinheiro emprestado, e o Elias me ajudou. Eu estava sem condições de pagar, e ele falou: ‘Estou precisando aí que você me salve agora, porque eu fui preso recentemente por porte de arma e está para vir a minha tornozeleira. Se eu for responsável por esse incidente a mais, eu vou perder o meu benefício’”, relembra o gerente comercial.

“Eu fui com ele lá na 6ª DP [Delegacia de Polícia] para fazer o depoimento, e aí foi que eu falei aquilo [confissão do crime], mas eu não estava presente, até porque na data do crime eu trabalhava das 7 da manhã às 9 da noite. Então, não tinha como eu estar no local”, completou.

Motoentregador vítima de tentativa de homicídio diz ter vivido momentos de terror

O motoentregador André Luiz da Silva Almeida contou em depoimento que voltava de uma entrega quando a caminhonete Toyota Hilux, que era dirigida por Elias, bateu levemente contra a motocicleta da vítima.

“Eles passaram sem falar nada, sem pedir desculpa, como se realmente não tivessem me visto. Fiz a volta atrás deles para tirar uma foto da placa, para poder ver o que eu podia fazer depois, porque a moto começou a fazer barulho no para-lama traseiro”, rememora André.

Ao verem a vítima, os réus teriam iniciado a perseguição. Elias jogou a Hilux em cima de André, que caiu. Geneis teria efetuado pelo menos seis disparos.

“Eles vieram atrás de mim e subiram a rua atirando. Eu entrei numa outra rua e escorreguei. E passaram a caminhonete por cima de mim e atiraram mais uma vez. Eu levantei e corri e efetuaram mais um disparo, subi a rua correndo, olhei para trás, tinha duas pessoas na rua, e ouvi mais dois disparos; aí eu não parei mais de correr”, detalhou André.

Relembre o caso

O crime aconteceu no dia 9 de março de 2024, no Bairro Coophavila II, região sul da Capital. Geneis e Elias se envolveram em um acidente com a vítima na Avenida Gunter Hans, em que os dois foram filmados.

Em seguida, iniciaram uma perseguição a André. Geneis atirou contra ele, que caiu da motocicleta no cruzamento das ruas dos Crustáceos com Marambaia. Elias tentou atropelá-lo, mas André conseguiu desviar. Ele conseguiu fugir, e os autores também deixaram o local.

Em julho de 2024, Elias foi morto a tiros. O crime também foi no Coophavila II, quando Elias e a esposa foram surpreendidos por uma dupla, que disparou diversas vezes. Ele tinha outras passagens policiais e, por conta da morte, a Justiça já havia extinguido a pena neste caso.

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