O júri pelo feminicídio de Lucilene Freitas dos Santos nesta quinta-feira (7), no Fórum de Campo Grande, foi adiado. A sessão teve apenas o depoimento do réu Claudinei Aparecido da Silva.
Após um intervalo, o juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri, Carlos Alberto Garcete, anunciou que um dos jurados desistiu de participar por motivos pessoais. Como o Conselho de Sentença ficou incompleto com seis pessoas, o magistrado dissolveu o grupo.
A defesa e a acusação concordaram e Garcete convocou nova sessão de julgamento para o dia 21 de agosto, quinta-feira. Um novo Conselho de Sentença será sorteado nesta data.
‘Não sei como arma disparou’, diz réu por matar Lucilene
Na primeira parte da sessão de hoje, Claudinei respondeu às perguntas do juiz e do MPMS (Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul). Era esperado que ele respondesse às questões da defesa após o intervalo, antes da decisão de suspensão.
O réu contou que no feriado de Criação de Mato Grosso do Sul de 2024, em 11 de outubro, a família estava comemorando o aniversário dos quatro filhos dele e de Lucilene. Um churrasco estava sendo feito naquela noite.
Em dado momento, Claudinei saiu da casa para ir a um bar. Ele confessou que tomou conhaque e usou drogas. Ao voltar, ele decidiu manusear um revólver que comprou um mês antes.
“Me deu na cabeça pegar a arma de cima do armário e levar para o telhado para esconder das crianças. Não sei como disparou”, afirmou. O revólver disparou e teria atingido Lucilene acidentalmente.
Emocionado, ele contou que havia comprado a arma por R$ 2,5 mil por conta de ameaças que recebia do tio, mas nunca denunciou à polícia. Ele fugiu após o crime.
“Fiquei com medo da PM [Polícia Militar] me matar”, resumiu.
Homem que matou esposa no Jardim Presidente senta no banco dos réus
Claudinei Aparecido da Silva está preso aguardando a conclusão do julgamento por feminicídio da esposa Lucilene Freitas dos Santos em outubro de 2024 no Jardim Presidente, região norte de Campo Grande.
Os dois estavam em uma confraternização familiar e o autor brincava com uma arma quando o revólver disparou e atingiu Lucilene. Vizinhos ouviram o tiro e pensaram ser uma bombinha.
Os filhos da mulher estavam na casa dormindo e precisaram ser levados do local devido ao choque. A vítima foi encontrada em um quarto.
“Matei minha mulher”, gritou o suspeito após o crime, que fugiu. Lucilene foi socorrida, mas morreu no hospital. Claudinei foi preso dois dias depois escondido na casa de familiares no Conjunto Habitacional Estrela Dalva.
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