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Polícia

Professor denuncia assédio sofrido em academia famosa de Campo Grande: ‘pede pra sair’

Vítima descobriu que chefes dificultavam a vida do funcionário para obrigá-lo a pedir demissão da academia
Fábio Oruê, Thatiana Melo -
academia
Professor chegou 2 minutos atrasado e foi punido na frente dos alunos (Fala Povo, Jornal Midiamax)

Professor de musculação, de 30 anos, procurou a Justiça após sofrer meses de assédios e humilhações em uma academia famosa de Campo Grande, onde trabalhava. O profissional trabalhou lá por cerca de 3 anos, onde acabou vítima de caso de assédio moral, homofobia e retaliações por parte de superiores.

Ao Jornal Midimax, ele conta que sempre sentiu um tratamento diferenciado da chefia, mas tudo ficou pior quando ele denunciou uma aluna da academia pelo roubo de uma garrafa d’água. “Além de eu ter sido roubado, eu não tinha o direito de ir atrás do meu objeto roubado, porque o ‘cliente tem sempre a razão’, de certa forma ia trazer ali um negócio negativo para academia. Eu fui praticamente obrigado a ficar calado. Eu consegui recuperar a garrafa, e aí depois disso eu senti que as coisas pioraram muito”, relata.

Ele ainda conta que um dia chegou atrasado e foi obrigado a fazer exercícios na frente dos alunos como punição. As retaliações foram descobertas após o professor precisar usar o computador da gerência após um problema na internet da academia.

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Professor acabou descobrindo o que falavam dele (Fala Povo, Jornal Midiamax)

“Quando eu vi o computador estava ligado – só estava desligado pelo monitor – e a conversa estava aberta com o chefe dela, que é o diretor de operações da academia. Aí eu pude constatar tudo aquilo que eu sofri durante todo esse tempo”, diz à reportagem.

“Ela usava termos como ‘viadinho’, como ‘vagabundo’, como ‘mau-caráter’, ela bolava um plano para que eu me desestabilizasse e pedisse as contas; ela até chegava a comentar que ela ia me aplicar advertências com o intuito de fazer eu sair da academia sem receber acerto”, relata.

A justifica para não mandá-lo embora seria porque a rescisão ficaria muito alta, cerca de R$ 7 mil, e o professor ‘não merecia aquele valor’, conforme a chefe. Por isso, esperaria até este mês para demiti-lo.

Além dos casos citados, a vítima ainda afirma que recebia benefícios menores que os outros professores, era obrigado a manipular a avaliação dos clientes e recebeu as férias fora do prazo legal. Ele foi demitido na última sexta-feira (17), após entrar com um processo trabalhista contra a academia.

Na ação, ele descreve os abusos sofridos e pede indenização de R$ 400 mil pelos atos de assédio e injúria homofóbica.

assédio
Chefia queria forçá-lo a se demitir (Fala Povo, Jornal Midiamax)

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