O professor da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) condenado a oito anos de prisão por estupro contra uma aluna durante festa acadêmica foi afastado por mais 60 dias. Ele foi condenado no início de março deste ano e desde então está afastado da instituição.
O caso de estupro veio à tona após o professor ser condenado em março a 8 anos de prisão em regime semiaberto e indenização de R$ 30 mil por danos morais. A decisão é em primeira instância, ou seja, cabe recurso. Enquanto isso, o professor seguia dando aulas na universidade, mas depois foi afastado pela UFMS.
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E na última sexta-feira (9), conforme portaria da instituição, a reitora determinou a prorrogação do afastamento preventivo do professor. Assim, ele deverá ficar afastado por mais 60 dias, sem prejuízo da remuneração.
Além do afastamento, o professor deverá permanecer à disposição da Comissão de Processo Administrativo Disciplinar durante o período.
Acadêmicos pediram demissão imediata de professor
A UFMS informou que, na época do crime, não abriu um PAD (Procedimento Administrativo Disciplinar) para apurar a denúncia da aluna, pois os indícios de ilícitos não estariam claros o suficiente. No entanto, após a condenação do professor, a reitoria da UFMS determinou a revisão do ato administrativo e a Corregedoria realizará um procedimento para apurar a responsabilidade do servidor.
Em um ato de repúdio à impunidade, estudantes da UFMS se reuniram em frente ao Instituto de Biociências no dia 14 de março para a manifestação “Não se cale! Sem mais casos de assédio”. Os alunos pediram o afastamento definitivo do professor e criticaram a postura da UFMS, que só iniciou uma investigação após a condenação em primeira instância.

Estupro em festa acadêmica
“Foi muito sofrido, mas estou aliviada porque existe Justiça”. Esse é o desabado da agora ex-acadêmica da UFMS que foi estuprada pelo seu próprio professor e orientador durante festa em uma república.
A aluna, na época com 22 anos, estava dormindo em um dos quartos da república quando foi abusada pelo professor. Durante a festa, a aluna ingeriu bebidas alcoólicas e começou a passar mal.
Nisto, amigas que já tinham percebido um comportamento estranho do professor, que durante a confraternização passava as mãos pelo corpo da vítima, visivelmente embriagada, foram ao socorro da jovem, a levando para um dos quartos da casa para que ela pudesse descansar.
No entanto, o professor foi atrás e, ao perceber que a acadêmica estava no cômodo sozinha, entrou e trancou a porta. Uma das amigas percebeu a ausência do professor e foi atrás da amiga no quarto, quando viu que a porta estava trancada.
Ela chamou as amigas, que começaram a bater. O professor saiu em seguida. Quando entraram no quarto, a jovem estava chorando desorientada e sem as roupas íntimas. As amigas deram banho na vítima e perguntaram se lembrava do que havia ocorrido, e ela dizia que não.
“Eu não queria acreditar no que havia ocorrido comigo”, disse a mulher, que hoje está com 31 anos. Para o Midiamax, ela contou que após tanta exposição, já nem acreditava mais que seria feita Justiça.
“Depois de tantos anos a Justiça chegou”. Ela contou ainda que na época pensou em desistir de processar o autor do crime, mas que teve apoio de outros professores e amigos.
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