O ex-postulante à prefeitura de Bandeirantes, Mauro Augusto Senturião Dutra, saiu nesta quarta-feira (26) do Presídio de Trânsito de Campo Grande, onde estava preso há cerca de 8 meses por suspeita de ser líder de esquema de agiotagem.
Mauro deixou a prisão e não falou com imprensa, mas foi recebido por familiares e amigos, assim como o advogado de defesa, José Roberto da Rosa. Aqueles que o esperavam do lado de fora do presídio também não quiseram se manifestar.
Conhecido como Maurinho Dutra, o postulante foi preso pelo Garras (Delegacia Especializada em Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros) três dias antes de ser anunciado como candidato ao Executivo Municipal de Bandeirantes, em julho de 2024.
“Minha expectativa agora é que o processo deixe de ter aquela ideia de aceleração. Ainda temos o interrogatório deles e depois temos a possibilidade de apresentar mais algumas diligências”, diz a defesa.
A operação prendeu mais três pessoas. O então pré-candidato seria o líder da organização criminosa que sequestrava e ameaçava vítimas. Já os demais atuavam na cobrança, extorsão e intimidação.
Além de Mauro, outro envolvido também foi solto. Eles receberam a liberdade com medidas cautelas, como comparecimento em juízo, proibição de manter contato com a vítima e não mudar de residência. A partir de agora, apenas um dos envolvidos está preso e outro está em prisão domiciliar.
Extensa ficha criminal
Os quatro homens, de 49, 37, 31 e 23 anos, possuem extensa ficha criminal. Maurinho Dutra, por exemplo, tem três passagens como autor por homicídio e uma como suspeito, além de porte ilegal de arma de fogo.
O homem de 37 anos também tem passagem por homicídio e porte de arma. Na casa dele, inclusive, foi encontrada uma arma calibre 9 milímetros. Já o de 49 anos, tem registro por porte ilegal de arma de fogo, enquanto o rapaz de 23 anos, por furto qualificado.
Uma das vítimas teve o carro tomado até que o empréstimo fosse pago. O carro foi encontrado em Campo Grande. Segundo a polícia, Maurinho, alvo principal da operação, era quem fazia os empréstimos. Já os demais atuavam na cobrança, extorsão e intimidação.
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