A Polícia Civil investiga a morte do caminhoneiro Jeferson Pontes Barbosa, de 32 anos, ocorrida na tarde de quarta-feira (8) em um motel no bairro Taveirópolis, em Campo Grande. A suspeita é de que ele tenha morrido por morte natural provocada por algum problema de saúde ou por overdose.
No caminhão dele, que estava estacionado em um posto de combustível, a polícia encontrou cocaína.
A família de Jeferson é do interior de Minas Gerais e devem chegar à capital sul-mato-grossense nesta tarde (9).
Jeferson foi agredido por uma travesti contratada por ele para programa sexual. A travesti, em depoimento na delegacia, contou que a discussão começou após o programa, quando a vítima ficou lhe devendo R$ 100.
Foi o próprio caminhoneiro que, por volta das 13h, acionou a PM (Polícia Militar) através do 190. Porém, logo que a equipe chegou ao motel, ele não resistiu e foi a óbito.
O laudo da causa da morte ainda não saiu, mesmo assim o delegado Sam Suzumura, da 6ª DP (Delegacia de Polícia Civil) acredita que as agressões sofridas pela vítima não foram suficientes para lhe causar a morte.
“Há uma suspeita de que a vítima tenha morrido por parada cardiorrespiratória, ou sofrer um infarto, provocado pelo consumo de cocaína. A gente não descartou uma morte natural, que é possível também, mas tem essa suspeita de ser pelo consumo de cocaína”, disse Sam.
A travesti, assim como outro garoto de programa, que também esteve no local, foi detida, ouvida e liberada. “Um deles figurou como autor do crime de lesão corporal, e assumiu o compromisso de comparecer no juizado quando for intimado”, explicou o delegado.
Desacordo por valor
No depoimento, a travesti disse que por volta das 3h da madrugada, recebeu uma ligação do homem para um programa sexual, contudo, só o atendeu às 8h. Ela ainda relatou que Jeferson teria chegado ao motel muito “doidão” e, durante a permanência no local, teria consumido cocaína.
Após finalizarem o programa, ela relatou que houve um desentendimento comercial sobre o valor acordado, sendo que a vítima ficou devendo R$ 100. Com isso, começou uma discussão ainda no quarto do local, mas que evoluiu para as agressões físicas registradas por câmeras de segurança.
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