Denunciada por tráfico internacional de drogas e lavagem de capitais junto com o traficante Jarvis Chimenes Pavão, conhecido como ‘Barão das Drogas’, Kaline Oliveira Santos foi presa nesta sexta-feira (10), em Campo Grande.
Conforme apurado pela reportagem, a prisão de Kaline estaria relacionado a processo em que ela foi denunciada juntamente com Pavão e outras 19 pessoas.
Logo, Kaline foi implicada no contexto da operação da PF (Polícia Federal) chamada ‘Pavo Real’, que mirou grupo responsável pela lavagem de mais de 150 milhões de dólares do tráfico de drogas, que no câmbio atual seria cerca de R$ 828 milhões de reais.
Pavão está na penitenciária federal de Brasília e é conhecido por comandar o tráfico de drogas no Paraguai e Brasil, com forte atuação em Mato Grosso do Sul.
Conforme denúncia do MPF (Ministério Público Federal), Kaline e o grupo de denunciados “ocultaram e dissimularam a origem, localização, movimentação e propriedade de veículos, em tese, adquiridos com valores provenientes do tráfico de drogas praticado por JARVIS CHIMENES PAVÃO e a organização criminosa de que supostamente faz parte”.
Para o MPF, os crimes ocorreram de 2012 até 2020. Kaline é ligada a um automóvel de luxo da Mercedes, no processo.
Operação ‘Pavo Real’
Operação foi inicialmente deflagrada em 2019, mas teve outras fases. O objetivo foi combater o enorme esquema de lavagem de dinheiro do tráfico, comandado por Jarvis Pavão.
Conforme as investigações, mesmo preso, Jarvis Chimenes Pavão continuava comandando ações criminosas, que envolvem o tráfico de grandes toneladas de cocaína, principalmente por meio de uma rota que envolve o Rio Grande do Sul.
As investigações da polícia miram imóveis e empresas geridas por testas de ferro, advogados e até funcionários de cartórios. Entre os dados coletados pela polícia, um manuscrito foi encontrado na cela de Pavão, no qual constava uma lista de imóveis. Elas coincidiam com a lista de bens extraída do computador do seu filho.
A operação, denominada “Pavo Real”, é resultado de uma investigação que se estende por mais de 30 anos sobre o histórico criminal de Pavão.
A Justiça Federal determinou o sequestro específico de 17 veículos de luxo, avaliados em R$ 2.3 milhões, além do sequestro de todos os veículos em nome/em uso pelos investigados e cerca de 50 imóveis, com valores que superam a quantia de R$ 50 milhões.
Mesmo sem a apreensão de qualquer substância entorpecente ao longo da investigação, a Justiça Federal determinou o bloqueio de mais de R$ 302 milhões das contas de 96 investigados, entre pessoas físicas e jurídicas, e a suspensão da atividade comercial de 22 empresas utilizadas pela organização criminosa para a movimentação dos valores ilícitos.
O nome da operação faz referência à alcunha (codinome) pelo qual é chamado o investigado, sendo mundialmente conhecido pelo seu envolvimento com o tráfico internacional de drogas e armas; tendo permanecido preso no Paraguai durante vários anos até ser expulso para o Brasil, em 2017, quando passou a cumprir sua pena em estabelecidos prisionais federais.
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