Pastor vira réu por receber R$ 1,6 mil para ‘tratamento milagroso’ em campo-grandense

Crime aconteceu em 2016 e pastor foi denunciado por estelionato

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Imagem Ilustrativa – Freepik, Reprodução

O pastor David Tonelli Mainarte virou réu por estelionato após prometer desaparecer com uma cicatriz na perna de uma campo-grandense em 2016. A denúncia ocorreu na última quarta-feira (22) e o religioso foi citado na sexta (24) para apresentar resposta à acusação. 

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O crime aconteceu em 2016, quando a vítima viu o anúncio nas redes sociais, se interessou e pagou mais de R$ 1,6 mil para o religioso fazer o “tratamento milagroso”. 

O pastor foi denunciado pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) pelo crime de estelionato e o órgão ainda pede que seja fixado um valor mínimo de reparação dos danos causados à vítima. 

“De tudo, dessume-se que o indigitado, ab initio, agiu com animus fraudandi, ao dissimular um tratamento milagroso, criando, inclusive,uma página no Facebook e um canal no YouTube, com o desiderato de fazer parecer que estava curando pessoas por meio de poderes sobrenaturais.Nessa contextura, os elementos amealhados apontam, até o momento, que o denunciado atuou com dolo preordenado 6, haja vista que levou a vítima a engodo, obtendo, para si, ilícita vantagem econômica”,

A denúncia foi recebida pelo juiz de Direito Marcelo da Silva Cassavara da 1ª Vara Criminal de Dourados, na última quarta (22), cidade onde foi feito o depósito do valor na época. E nessa sexta-feira (24), o pastor foi citado para apresentar resposta à acusação sobre a denúncia. Ele tem dez dias para se manifestar acerca dos fatos. 

“Na resposta, o acusado poderá arguir preliminares e alegar tudo o que interesse à sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar até 08 (oito) testemunhas, qualificando-as e requer sua intimação, quando necessário”, diz trecho da citação.

Caso não apresente a resposta, o pastor terá um defensor público para representá-lo.

Relembre o caso

Em vídeos publicados nas redes sociais, o pastor realizava exposições fraudulentas e irreais de processos de cura, como “fazer dentes nascer”, “reconstrução de seios”, “conseguir que paralítico ande”, que “cegos voltem a enxergar” e “desaparecer com cicatrizes”. 

Como as ‘curas’ eram publicadas na internet, a mulher se interessou, pois ela tinha uma cicatriz na perna. Então, entrou em contato com o pastor e foi informada de que ele morava em São Paulo. 

Contudo, para ser atendida, a mulher precisava arcar com as despesas de passagem, hospedagem, alimentação e um valor em dinheiro, totalizando R$ 1.680. 

Desesperada com a cicatriz e acreditando na promessa, a mulher fez o pagamento e o pastor se deslocou até Campo Grande para dar continuidade na ‘cura’. 

Depois de algumas sessões sem qualquer efeito de recuperação, a mulher questionou o pastor. Porém, ele parou de responder as mensagens dela e a mulher notou que havia caído em um golpe. 

Diante disso, ela procurou a delegacia, onde registrou boletim de ocorrência e o caso passou a ser investigado. 

Questionado, o pastor negou o crime, alegando que a mulher não teria finalizado as sessões propostas por ele.

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