Itamar Agostinho de Souza, de 40 anos, morreu em Aquidauana, a 135 quilômetros de Campo Grande, após sofrer um acidente em uma fazenda e ser levado para o hospital da cidade. O pai de Itamar registrou um boletim de ocorrência acusando o médico de negligência.
Segundo informações do boletim de ocorrência, no dia 1º de agosto, por volta das 10 horas, Itamar estava trabalhando com seu pai, na Fazenda Amélia, fazendo a marcação de vacas. Em determinado momento, uma vaca avançou na direção de Itamar; contudo, não o atingiu diretamente, pois o animal se encontrava em um corredor e a vítima do outro lado.
Entretanto, ao investir, a vaca desferiu uma cabeçada contra uma tábua do curral, a qual se desprendeu e atingiu violentamente a região abdominal da vítima, que desmaiou. A vítima teve um hematoma na barriga. Colegas de trabalho colocaram Itamar na carroceria de uma caminhonete, e o levaram ao Hospital Regional.
Lá, Itamar chegou consciente, porém queixando-se de intensas dores abdominais, sendo então internado. Segundo o pai da vítima, foi realizada uma tomografia e iniciou-se a espera por atendimento de um cirurgião clínico geral, sem que houvesse esclarecimento médico acerca do diagnóstico ou da gravidade do quadro. Na delegacia, o pai de Itamar disse que o estado de seu filho se agravava, apresentando sinais como extremidades geladas e sudorese intensa, motivo pelo qual solicitou maior agilidade por parte da equipe médica.
Como o atendimento estava demorando, ele solicitou a liberação do filho para transferência a um hospital em Campo Grande. Contudo, apesar de ter conseguido uma ambulância, o hospital recusou-se a liberar a vítima. Posteriormente, por volta das 15 horas, outra médica realizou o procedimento cirúrgico, constatando graves lesões no baço e rompimento no intestino delgado, motivo pelo qual foi realizada a retirada do baço e da parte afetada do intestino.
Após a cirurgia, a vítima permaneceu internada. No entanto, no dia seguinte, por volta das 6h30, Itamar morreu. O pai de Itamar acusou o médico de negligência.
Uma sindicância foi aberta pelo hospital para apurar os fatos, mas não foi informado se o médico foi afastado. Em nota, a Associação de Assistência Hospital afirmou que toda assistência foi prestada ao paciente. Confira a nota:
“Queremos esclarecer que o hospital prestou toda a assistência necessária ao paciente, agindo com dedicação, profissionalismo e responsabilidade, conforme os protocolos e padrões de atendimento de nossa instituição. Desde o momento do acolhimento, nossas equipes se empenharam em oferecer o melhor cuidado possível, sempre buscando a preservação da vida e o bem-estar do paciente.
Durante a internação o paciente foi submetido a novos exames e a procedimento cirúrgico, que requereu o acompanhamento posterior da equipe de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital. Contudo, mesmo diante do oferecimento de todo o suporte técnico disponível, pela gravidade do caso, o paciente evoluiu a óbito. Reiteramos que não houve negligência ou falta de assistência ao paciente. Contudo, algumas situações de trauma grave podem evoluir de forma irreversível, independentemente do esforço e da dedicação da equipe técnica.”
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