A Receita Federal, em ação conjunta com a Polícia Federal, deflagrou na manhã desta terça-feira (11) a operação ‘Finis Actions’ contra um grupo criminoso de contrabando de cigarros do Paraguai para o Brasil e distribuição pelo país, especialmente para Mato Grosso.
Estão sendo cumpridos 10 mandados de busca e apreensão em Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. O grupo é composto por pessoas com vínculos bastante próximos, numa espécie de “negócio familiar”. O líder tem como braço direito sua companheira, a qual prestava apoio logístico e atuaria esporadicamente como batedora de cargas.
De acordo com as investigações, a organização criminosa era especializada no contrabando de cigarros do Paraguai para o Brasil e distribuição pelo país, especialmente para Mato Grosso. O esquema foi investigado e apurou crimes de contrabando e lavagem de dinheiro. A carga saía de Pedro Juan Caballero e seguia até a entrega para distribuição local, nas cidades nos estados do Mato Grosso, em Rondonópolis e Cuiabá.
O grupo criminoso usava entrepostos logísticos convenientemente instalados nas cidades de Ponta Porã, Dourados e Nova Alvorada do Sul, de onde, posteriormente, eram distribuídas por meio rodoviário aos compradores.
Negócio familiar
A mãe do líder do grupo foi usada para abertura de conta bancária, visando movimentar dinheiro em prol do grupo, e para ocultação dos bens adquiridos com os recursos ilícitos. Já o pai do líder atuaria como gerente de uma loja, em nome de sua companheira, supostamente utilizada como entreposto pela organização e para dissimular a origem da fonte da renda familiar.
No escalão operacional, o grupo contava com motoristas e batedores. Esses eram responsáveis por atravessar a fronteira com as cargas, levando-as até a cidade de Dourados, onde seriam recolhidas e mantidas em residências até que fossem carregadas em veículos e destinadas a outros pontos da cadeia logística esquadrinhada.
Participam da operação quatro auditores-fiscais e seis analistas-tributários da Receita Federal e 40 policiais federais.
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