A investigação em torno do filho do deputado Eulálio Gomes, o ‘Lalo’ ainda está longe de ser concluída. Os procuradores Osmar Segovia, Elva Cáceres e Ingrid Cubilla têm mais seis meses para concluir inquérito sobre Alexandre Rodrigues Gomes.
O filho do parlamentar, morto durante suposto confronto com policiais paraguaios em Pedro Juan Caballero, é acusado de lavagem de dinheiro e envolvimento com organizações responsáveis pelo tráfico de cocaína na fronteira com o Mato Grosso do Sul.
Os procuradores deveriam apresentar a sua conclusão no dia 19 de fevereiro deste ano, mas pediram mais seis meses porque há quatro processos ainda pendentes, apesar de já haver “avanços importantes sobre o caso”.
O novo prazo se estende agora até 19 de agosto e foi concedido pelo Tribunal de Apelações do Crime Organizado. Até lá, os procuradores terão que apresentar elementos que comprovem a participação do filho de ‘Lalo’ com o crime organizado.
Alexandre Rodrigues Gomes foi indiciado junto com o pai na madrugada do dia 19 de agosto do ano passado, por supostamente ter ligação direta com pessoas ligadas ao tráfico de drogas. Presumivelmente, ambos estariam envolvidos em lavagem de dinheiro.
Segundo o Ministério Público, tanto Alexandre quanto o deputado teriam colaborado no esquema de Pavão, comprando imóveis, para salvá-los financeiramente durante a pandemia de Covid, supostamente.
Confronto questionado
Ainda não está claro se na batida na casa do deputado os policiais intervenientes foram baleados no quarto de Eulálio Gomes, e se os tiros disparados contra ele foram apenas uma reação, causando a morte quase instantânea do deputado.
Hoje existe uma equipe de investigação formada pelos promotores Celso Morales, Christian Ortiz e Luis Said, encarregados de investigar o procedimento daquele grupo que invadiu a casa.
Segundo a polícia paraguaia, falta ainda fazer uma análise dos exames que foram realizados para saber se o legislador realmente atirou ou não, o que revelaria se houve ou não, justificativa para entrar em sua sala atirando.
A perícia revela que não havia vestígios de nitrito no corpo de Lalo Gomes. O que deu positivo para chumbo e bário foi a ferida localizada no hemitórax.
Por outro lado, há o relatório da UNA (Universidade Nacional de Assunção) de amostras de esfregaços de antebraços e mãos, cujos resultados mostram positivo para restos de armas de fogo (chumbo, bário e antimônio).
