Dias de dores, alergias, hematomas pelo rosto e pescoço: foram assim os momentos de uma nutricionista após procedimento feito pela esteticista presa nesta segunda-feira (14), por equipes da Decon (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo). Durante a investigação, foi descoberto que a esteticista atendia em local insalubre.
A nutricionista contratou os serviços da esteticista para preenchimento labial no valor de R$ 550. A vítima encontrou a esteticista pelas redes sociais, em novembro de 2023. No dia 30 de novembro, a nutricionista fez o procedimento, mas logo depois passou a sentir dores. Foi descoberto que a autora havia injetado na sua boca PMMA – polimetilmetacrilato.
A nutricionista relata os momentos de tortura que viveu sem ter retorno da esteticista que a mandou procurar um posto de saúde. Para tentar amenizar os estragos causados pela esteticista, a vítima foi submetida a drenagem facial, já que teve necrose dos lábios.
Como não conseguiu minimizar os danos, a nutricionista teve de procurar uma profissional no Maranhão, onde passou pela remoção do PMMA. Lá, ela teve de ser submetida a uma operação de bucomaxilofacial
A nutricionista entrou com pedido de indenização no valor de R$ 112.280,00.
Outras vítimas
Uma autônoma também foi vítima da esteticista que contratou os serviços de preenchimento de olheiras com a profissional, no valor de R$ 600. O procedimento foi realizado em novembro de 2023.
No dia do procedimento, a mulher foi anestesiada e deu-se inicio a aplicação do produto em uma das olheiras, estando a paciente deitada. Ao realizar a primeira aplicação, a esteticista pediu para a vítima se sentar, e nisto, ela sentiu todo o seu rosto inchar e no mesmo momento a autora, com muita força, colocou a agulha novamente no rosto da vítima.

A esteticista começou a tentar retirar o produto pelo mesmo furo que injetou o produto, e mesmo diante do inchaço evidente no rosto da paciente, a esteticista aplicou o produto novamente, desta vez na outra olheira.
Com o rosto inchado e seus olhos quase fechando, a vítima teve orientação da esteticista para que se retirasse do local e procurasse um posto de saúde mais próximo. A mulher saiu do local, desorientada, sem saber o que estava acontecendo e se dirigiu ao posto de saúde do Leblon. No caminho, a vítima começou a sentir muito calor e um ‘nó na garganta’.
Ao chegar no posto Leblon, o mesmo estava lotado e quando o atendente viu o rosto da vítima, a encaminhou para atendimento imediato, sendo manejada injeção na veia, que a fez melhorar do mal-estar sentido, causando muito sono. Em seguida, ela foi direto para sua residência.
A vítima entrou na Justiça pedindo indenização de R$ 41.130,00.
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