Um jovem sul-mato-grossense publicou nas redes sociais um vídeo em que tenta atrair uma onça-parda com iscas em uma área rural de Mato Grosso do Sul. A gravação, feita com câmera fixa e edição roteirizada, revela a prática de ceva – considerada crime ambiental.
O caso ocorre pouco mais de 15 dias após a morte do caseiro Jorge Ávalo, de 60 anos, conhecido como “Jorginho”, supostamente atacado por uma onça-pintada em um pesqueiro na região do Touro Morto, no coração do Pantanal sul-mato-grossense. A morte está em investigação, mas indícios sólidos fortalecer a hipótese do ataque do animal.
Nas redes sociais, o jovem compartilha conteúdos sobre a vida na roça e mantém perfis no Instagram e TikTok. As páginas estão em fase inicial de crescimento, com pouco mais de 4,4 mil seguidores no Instagram e 2.450 no TikTok.
O vídeo foi publicado no fim da manhã deste sábado (10), mas removido antes das 18h. O Jornal Midiamax teve acesso ao conteúdo, que mostra o rapaz atraindo porcos-do-mato com água e pedaços de mandioca, para filmar a chegada da onça. Em determinado momento, o felino aparece, aparentemente um adulto e magro.
Animado, o jovem narra a tentativa de registrar um ataque do predador: “Há exatamente um mês eu venho tentando filmar a onça-parda, deixando a câmera lá, galera. Já pensou se eu consigo filmar ela atacando o porco? Ia ser muito massa, né, gente?”, diz ele.
Em outro trecho, ao mostrar o local preparado com as iscas, comenta: “Mexeram bastante. Isso mostra que a ceva está dando muito certo.”
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O que diz a PMA
Procurada pelo Jornal Midiamax , a Polícia Militar Ambiental (PMA) informou que ações de orientação sobre a ilegalidade da prática já estão em andamento em diversas regiões.
“Infelizmente, algumas pessoas ainda insistem na ceva, por desconhecimento da lei ou mesmo por minimizar os riscos que a prática traz”, disse a PMA.
Especialistas alertam que alimentar felinos silvestres faz com que percam o medo de humanos e passem a associá-los à oferta de comida, o que altera o comportamento natural do animal e potencializa riscos de ataques.
A prática é proibida pela legislação ambiental e pode resultar em responsabilização criminal e administrativa. Se confirmado o crime ambiental cometido, o rapaz pode sofrer detenção de três meses a um ano, e multa de R$ 500 a R$ 3 mil.
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