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Polícia

Mais uma delegada em estágio probatório é designada para a Deam em Campo Grande

Delegada designada entrou para a Polícia Civil em julho de 2022
Thatiana Melo -
Casa da mulher brasileira/ Deam (Ana Laura Menegat, Midiamax)

A delegada Cecilia Fleury Jube Leal, lotada em , foi designada para assumir uma vaga na (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher). A decisão foi publicada no Diário Oficial desta sexta-feira (14).

A delegada entrou para a Polícia Civil em julho de 2022, portanto, ainda está em estágio probatório. Ela estava no grupo 1 para a posse que ocorreu no dia 11 de julho. Cecília era da mesma turma de delegados aprovados junto de Lucélia Constantino de Oliveira. Riccelly Alburquerque Donha também é da mesma turma que assumiu o concurso. Riccelly atendeu Vanessa no dia da confecção do boletim de ocorrência contra Caio Nascimento.

A designação foi assinada pelo delegado-geral, Lupérsio Degerone. “Designar, pelo período de 90 (noventa) dias, CECILIA FLEURY JUBE LEAL, Delegada de Polícia, Quarta Classe, lotada na Delegacia de Polícia Civil de Aparecida do Taboado/MS, para com prejuízo de suas funções habituais, atuar na Primeira Delegacia Especializada de Atendimento a Mulher/ MS, com validade a contar da data da publicação. (NUP n.31.057.631-2025/DPE/MS).”

Deam trocou nome de músico que agrediu jornalista

A Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), unidade que atendeu o caso da jornalista, de 37 anos, agredida pelo companheiro e músico, de 38 anos, teria errado os nomes no BO (boletim de ocorrência) registrado.

A delegada assinou o papel entregue para a vítima citando o irmão dela como se fosse o autor. A agressão ocorreu no último dia 3 deste mês e o músico foi preso em flagrante e encaminhado à Deam, em Campo Grande.

Dias depois, o agressor foi liberado com tornozeleira eletrônica. Na manhã de quinta-feira (13), o deputado estadual Paulo Corrêa (), que é tio da vítima, criticou a delegacia e revelou que a família foi surpreendida com a inversão de papéis no registro do boletim de ocorrência.

O que diz o registro

Diante disso, a reportagem do Jornal Midiamax teve acesso ao auto de prisão e indiciamento. No documento consta o músico como preso e autor dos fatos. Entretanto, no termo de ratificação e indiciamento, consta a prisão em flagrante do irmão da jornalista por “ dolosa em razão da condição do sexo feminino, no contexto da violência doméstica”.

Logo abaixo, menciona que o irmão da jornalista é indiciado pelo crime. Como justificativa, no documento é explicado que foi feita uma análise técnico jurídica do fato em razão do depoimento dos guardas municipais e declaração da vítima, que possui valor probatório relevante nas infrações cometidas em contexto doméstico. Ainda, a análise foi feita em razão do auto de constatação de lesão aparente e laudo de exame de corpo de delito realizado.

Delegada assinou o flagrante ‘errado’

Todas as peças do flagrante são assinadas pela delegada que ficou responsável pelo caso. Desta forma, com o erro nos documentos, a delegada seria responsável por verificar as peças antes de assinar.

A delegada em questão é a mesma que fez o primeiro atendimento à também jornalista Vanessa Ricarte. Vanessa foi vítima de feminicídio em 12 de fevereiro pelo ex-noivo Caio Nascimento.

Essa delegada não é a implicada nos áudios em que Vanessa retrata que foi mal atendida na delegacia. Após a prisão em flagrante do músico que agrediu a sobrinha de Paulo Corrêa na última semana, a autoridade policial deixou de arbitrar fiança ao preso.

Por isso, entende-se que o nome do irmão no lugar errado do documento oficial pode ter sido um erro da equipe que atendeu a ocorrência.

“A mesma delegada que atendeu o caso anterior [da Vanessa Ricarte] foi responsável por esse erro. Será desatenção ou não gosta de fazer o serviço? Saiu uma ordem de prisão, mandaram prender meu sobrinho e não o cara que bateu minha sobrinha”, revelou o deputado Paulo Corrêa.

A reportagem do Jornal Midiamax acionou a Polícia Civil acerca do indiciamento citado e foi informada que o nome do irmão da vítima foi digitado erroneamente e na última segunda-feira (10) foi expedida uma certidão de correção do erro. “De maneira que não houve indiciamento, tampouco expedição de mandado de prisão em desfavor do irmão da vítima”, explicou.

Por fim, a Polícia Civil lamentou a ocorrência de mais um crime de violência contra a mulher e garantiu que está tomando uma série de providências para que a rede de proteção seja aprimorada.

Confira a nota na íntegra:

“Sobre o fato questionado, para dar transparência ao ocorrido, esclarecemos as seguintes informações:

Em 3 de março, no fim da noite, a vítima procurou a polícia. No dia 4 de março, no começo da madrugada, o boletim de ocorrência foi registrado.  No dia 4 de março, após diligências, o suspeito foi preso em flagrante. No auto da prisão em flagrante foi digitado erroneamente o nome do irmão da vítima, que figurava como testemunha, também como autor. No dia 4 de março foi feito exame de corpo de delito, com laudo entregue no dia seguinte. Ainda no dia 4 de março, foi feita a ratificação da peça do auto de flagrante, sendo o irmão da vítima sendo devidamente inserido como testemunha e o suspeito, preso em flagrante como autor. No dia 4 foi expedido pedido de prisão preventiva apenas do ex-companheiro da vítima. No dia 5 de março, o suspeito preso foi encaminhado ao Centro de Triagem para audiência de custódia. No dia 7 de março foi feita oitiva da vítima (que se encontrava impossibilitada de comparecer à delegacia), mesmo dia da solicitação de medida protetiva. No dia 10 de março, foi expedida certidão de correção do erro de digitação, de maneira que não houve indiciamento, tampouco expedição de mandado de prisão em desfavor do irmão da vítima. No dia 11 de março, por determinação judicial, o suspeito preso em flagrante foi solto, com tornozeleira eletrônica. Lamentamos mais um caso de violência contra mulher e estamos tomando uma série de providências para aprimorar a rede de proteção.”

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