Antes de morrer, o caseiro Jorge Ávalo, de 60 anos, conhecido como ‘Jorginho’, teria tentado se defender do ataque da onça. Jorginho ainda estava vivo no momento do ataque, ocorrido no dia 21 de abril, no coração do Pantanal, em um pesqueiro na região do Touro Morto.
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O delegado Luis Fernando Mesquita, lotado na 1ª Delegacia de Polícia Civil de Aquidauana e responsável pelas investigações, confirmou que havia uma lesão no corpo de Jorginho que possivelmente indica uma tentativa de defesa contra o ataque do animal.
“Temos uma lesão em membro superior, de defesa, com reação vital, compatível com ataque de animal silvestre de grande porte”, disse Mesquita.
Ainda segundo o delegado, a reação vital “significa que, no momento em que a lesão foi ocasionada, a vítima, estava viva”, explicou.
Nesta semana, o delegado confirmou que fragmentos de ossos e cabelos humanos foram encontrados nas fezes da onça. Contudo, o laudo que esclarecerá as dúvidas sobre o ataque e a morte do caseiro ainda não foi concluído.
“Estão fazendo um trabalho muito criterioso, mas acredito que nos próximos dias (o laudo deve sair)”, afirmou Mesquita.
Captura da onça
A captura do animal, que pesa 94 quilos, aconteceu três dias após o ataque ao caseiro. A onça-pintada foi localizada por equipes da PMA (Polícia Militar Ambiental) nas proximidades do local onde Jorge foi atacado, e encaminhada ao CRAS.
Assim que chegou ao CRAS, a equipe médica veterinária constatou que o animal estava com anemia. No entanto, de acordo com novo boletim enviado ao Jornal Midiamax, a onça apresenta quadro de saúde estável.
A polícia, no entanto, reforçou que não é possível afirmar com certeza que esta foi a onça que matou o caseiro. “Capturamos porque era a que estava rondando a casa, está magra e abatida. Mas como ele (o caseiro) foi arrastado para o mato, outros animais podem ter atacado e comido”, explicou um dos agentes. A PMA também informou que há outros exemplares da espécie na região.
A onça-pintada capturada após o ataque e a morte do caseiro não deverá ser devolvida à natureza.

Possível dinâmica do ataque
A suspeita é de que a onça tenha aparecido na casa onde Jorge morava enquanto ele preparava café. O ataque teria ocorrido por volta das 5h30 do dia 21 de abril.
Amigos e parentes acreditam que Jorge se apavorou e tentou fugir, mas foi cercado pelo animal no meio do deck que leva até o rio. Ali mesmo, a onça teria atacado o caseiro e arrastado seu corpo mata adentro, passando pelo rio.
Logo cedo, turistas chegaram ao local para comprar mel e se depararam com vestígios do ataque. Havia muito sangue, vísceras e pegadas na área. “A onça comeu o caseiro”, comentou um dos populares em vídeo gravado na manhã do ocorrido.
Após a denúncia, a Polícia Militar Ambiental utilizou um helicóptero para sobrevoar a região e localizar o corpo. As buscas foram encerradas após os restos mortais serem encontrados na manhã de terça-feira (22), um dia após o desaparecimento do caseiro.


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