O homem de 34 anos, integrante do movimento Legendários — preso com 150 quilos de cocaína em uma hamburgueria de Dourados — disse à polícia que foi contratado por outro indivíduo pelo valor de R$ 5 mil para receber a carga nessa terça-feira (6).
Ele e outros dois homens, de 37 e 47 anos, foram presos em flagrante por equipes do SIG (Setor de Investigações Gerais), com apoio da PRF (Polícia Rodoviária Federal), em uma hamburgueria de Dourados, a 225 quilômetros de Campo Grande. A droga foi avaliada em R$ 6 milhões.
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Durante interrogatório na delegacia, o legendário disse que trabalha na hamburgueria desde 2019 e no ano de 2014 chegou a ser preso por associação ao tráfico de drogas. Na época, ele foi processado e cumpriu toda a punição.
Questionado sobre a droga apreendida na hamburgueria, ele negou envolvimento e disse que estava trabalhando quando a polícia chegou ao estabelecimento. Em seguida, explicou que seu trabalho consiste em ir até o local para preparar os hambúrgueres e os molhos para o início do expediente.
Contudo, quando chegam carnes e outros produtos, ele vai mais cedo na hamburgueria para recebê-los. Depois, retorna somente às 16h e trabalha até as 23h.
Proposta de R$ 5 mil
Sobre a carga encontrada pela polícia na terça-feira (6), o legendário contou que há 15 dias recebeu uma proposta de uma pessoa que já havia frequentado a hamburgueria anteriormente. A proposta era receber uma remessa de aparelhos celulares, guardados em caixas de carne, em um estabelecimento comercial, pelo valor de R$ 5 mil.
Conforme o depoimento dele na delegacia, o homem lhe ofereceu R$ 5 mil e explicou que a carga seria descarregada por um furgão e, depois, outra pessoa iria retirar. Nisso, como o legendário estava precisando, disse que aceitou a proposta.
Também, contou que a carga era para ter chegado ao local na sexta-feira (2), mas ninguém falou nada e ele pensou que haviam cancelado. Já no dia 1º, o suposto contratante retornou a hamburgueria e falou que a entrega seria feita na terça (6).
Ainda durante o interrogatório, o homem disse que nunca havia recebido carnes daquela marca anteriormente e desconhece o ocupante e o motorista da van. Também, falou que não sentiu cheiro diferente quando recebeu a entrega porque não chegou perto das caixas.
Por fim, o legendário disse que está arrependido e não recebeu outros valores, além do prometido pelo homem.

Prisão
O estabelecimento comercial, que funcionava no Jardim Água Boa, já estava sendo monitorado pelos policiais do SIG. Na terça-feira (6), eles perceberam que uma Van branca, com placa de Ponta Porã, saiu da hamburgueria e tomou rumo ignorado.
Assim, os policiais pediram apoio da PRF para bloquear as entradas e saídas de Dourados, no intuito de localizar a Van. Logo, os policiais civis chegaram na hamburgueria, momento em que o legendário saiu com as mãos para cima, dizendo ‘pode entrar, não tenho nada comigo’.
Após a saída dele, os policiais viram pelas grades da hamburgueria várias caixas de carnes em tabletes de cor verde, típico do tráfico de drogas. Então, eles entraram no estabelecimento e encontraram 150 quilos de cocaína.
Aos policiais, o legendário disse que não conhece as pessoas que estavam na Van e que teria sido contratado somente para receber o entorpecente. Depois, uma pessoa iria buscar. No local, ele falou que não sabia da droga e acreditou que se tratava de aparelhos celulares.
Após o pedido de apoio à PRF para localização da Van, o veículo foi encontrado estacionado em uma rua, nas proximidades da Praça do Cinquentenário. Quando o ocupante, de 37 anos, e o motorista, de 47, foram abordados, eles alegaram que não sabiam da carga de cocaína e negaram ter deixado itens na hamburgueria.
Já na delegacia, o ocupante da Van ficou em silêncio, enquanto o motorista disse apenas que desconhece o entorpecente, pois acreditava se tratar de carne.
O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) se manifestou pela prisão preventiva do trio. “Pois eles são concretamente perigosos ao convívio social, porquanto, em plena afronta à ordem pública, tinham em depósito, para fins de mercância, 150 (cento e cinquenta) tabletes de pasta-base de cocaína, totalizando 150kg (cento e cinquenta quilos), sem autorização legal ou regulamentar”, diz trecho da manifestação.
Além disso, o MPMS considerou o fato do legendário ter sido condenado pelo crime de associação para o tráfico. Outro pedido feito foi a autorização para realização de perícia nos aparelhos celulares apreendidos.
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