Graciane de Sousa Silva, 12ª vítima de feminicídio em Mato Grosso do Sul este ano, morta após agressões sofridas pelo ex-marido, teve infecção generalizada, segundo laudo. O marido negou as agressões contra a esposa.
A vítima morava em Angélica, a 323 quilômetros de Campo Grande. Toda a família de Graciane está abalada com a situação e pede que a justiça seja feita. Conforme o delegado Diego Henrique, o marido de Graciane negou novamente que tenha agredido a vítima.
Para o site Nova Notícias, o delegado também disse que pelo laudo que tem em mãos, não foi encontrado indício que o acusado teria agredido a vítima.
Família pede por Justiça
Conforme o relato de uma prima de Graciane, a vítima tinha o costume de ligar diariamente para irmã, contando sobre a rotina e, em uma dessas ligações, contou que o marido ficava rindo e zombando de Graciane. Mas ao ser questionada se sofria algum tipo de agressão, ela negou.
“Ela ligou gritando, desesperada. O pai de Graciane disse para ela pegar uma roupa e ir procurar um posto de saúde ou hospital”, contou a prima. O dono da casa onde a vítima e o autor moravam levou Graciane até uma UBS (Unidade Básica de Saúde) e, no local, a vítima relatou todas as agressões e torturas sofridas por ela.
No entanto, devido ao seu quadro de saúde, Graciane precisou ser transferida ao Hospital Regional de Nova Andradina. “Na quinta-feira (22), a enfermeira relatou que ela estava entubada, que ela chegou quase morta no hospital”, relembra Penélope.
Como Graciane não tinha familiares ou amigos próximos, a família precisou ficar ligando para o Hospital e Delegacia para obter informações quanto ao estado de saúde dela.
No domingo (25), a família ligou ao Hospital e recebeu a informação da morte de Graciane. “A moça ligou e disse que ela não tinha resistido, que a pressão dela tinha baixado muito”, relembrou emocionada.