Uma postagem feita esta semana está agitando as redes sociais da divisa entre Pedro Juan Caballero, no Paraguai, com Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul. Ela é atribuída ao grupo ‘Justiceiro da Fronteira, que anuncia a sua volta em 2025.
A organização, que durante o ano passado não reivindicou nenhuma ação de extermínio, resolveu se manifestar coincidentemente no momento em que quatro pessoas foram executadas nas duas cidades.
Entretanto, junto aos corpos encontrados em estrada vicinal de Pedro Juan e perto de rodovia em Ponta Porã, não foram deixados bilhetes ou cartazes, como faziam nas execuções anteriores.
Os assassinatos aconteceram em Ponta Porã, do lado brasileiro, e também em Pedro Juan Caballero, no Paraguai, onde dois irmãos foram encontrados mortos na última terça-feira (14).
As vítimas foram identificadas por familiares como Emerson Darío Martínez Ocampos, de 22 anos, e Diego Armando Martínez Ocampos, de 27. Eles são moradores do bairro General Genes, de onde saíram na noite de segunda-feira (13) e não voltaram.
Outro crime investigado pela polícia é o desaparecimento de um homem de 50 anos, que teria sido sequestrado na tarde de terça-feira (14), em Ponta Porã, enquanto pilotava uma moto.
Testemunhas disseram que o homem foi abordado por encapuzados que estavam em um Fiat Toro. A ação foi rápida e a moto da vítima ficou ligada e abandonada no meio da pista. O capacete e o tênis do sequestrado foram encontrados do lado do veículo.
O que chama a atenção é que o ‘sequestrado’ tem uma ficha corrida que inclui diversos processos na Justiça e também uma prisão com carga de maconha em 2014 por agentes da PRF (Polícia rodoviária Federal).
‘2025 está só começando’
“Aviso 14-01-25 para todos da fronteira que estamos de volta. 2025 está só começando e podem ter a certeza que já estamos monitorando todos os bairros de Pedro Juan Caballero e Ponta Porã”, diz o recado do grupo.
A postagem ainda deixa claro que o ‘Justiceiro da Fronteira’ já tem várias fotos de ladrões para pegar. “Pode ter a certeza que nós não vamos ter dó desse nem piedade desses lixos que ficam roubando trabalhadores da fronteira”, diz outro trecho da postagem.
A publicação, também, não poupa receptadores. “Para vocês que ficam comprando motos roubada para peças, também vamos fazer aquela visita. Temos mais de 100 fotos já pegar um por um”.
Além dos furtos de motos, tanto no Paraguai quanto no Brasil, nos últimos dias foram registrados assaltos em lojas, residências e roubo de gado, conforme boletins de ocorrências da Polícia Nacional.
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