O motorista de 62 anos, que atropelou e matou Cristina Aparecida Pereira na BR-163, em Dourados, a 225 quilômetros de Campo Grande, ganhou a liberdade nesta quarta-feira (28).
O idoso estava bêbado no momento do acidente, foi preso em flagrante logo em seguida, no início da noite de terça (27), e pediu pela liberdade provisória, através de seus advogados de defesa. Nesta quarta-feira (28), ele passou por audiência de custódia, onde o juiz de Direito, Ricardo da Mata Reis, concedeu a liberdade provisória.
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“No caso concreto, os elementos constantes nos autos – embora possam sugerir um agir doloso – ainda não se revelam aptos a autorizar, desde já, a imposição da medida extrema de segregação cautelar, sobretudo quando se verifica que o autuado é primário, sem registros de antecedentes criminais, aparentemente vínculo com o distrito da culpa e residência fixa, não havendo, ademais, indícios concretos de que sua liberdade comprometerá a instrução criminal ou colocará em risco a ordem pública de modo substancial”, diz trecho da decisão.
Assim, o magistrado decretou a liberdade provisória do motorista, mas com algumas medidas cautelares, como a suspensão da CNH. “No caso em tela, revela-se cabível a suspensão da CNH do conduzido, tendo em vista que as circunstâncias concretas evidenciam conduta que extrapola a mera infração penal, visto que consta que o autuado – em estado de embriaguez – teria colidido seu veículo na traseira da motoneta da vítima, causando seu óbito. Tais elementos conferem maior gravidade à conduta e justificam a imposição da medida cautelar como forma de preservar a ordem no trânsito, nos termos do artigo 294 do Código de Trânsito Brasileiro”, pontuou.
Além disso, o motorista está proibido de ausentar-se da comarca sem prévia comunicação à Justiça e deve comparecer a todos os atos do processo.
‘Antes ela do que eu’, disse motorista após acidente
De acordo a polícia, Cristina retornava para sua residência, na Sitioca Campina Verde, em Dourados, em uma Honda Biz. Ela estava na BR-163, sentido a Caarapó, quando o motorista conduzia um Fiat Toro no mesmo sentido e bateu contra a traseira de sua motocicleta. No carro, também estava a filha do idoso.
Devido ao impacto da colisão, Cristina foi arremessada a alguns metros e morreu no local. Após o acidente, a PRF (Polícia Rodoviária Federal) foi acionada, mas não encontrou marcas de frenagem do carro no local. Além disso, no veículo, também estava a filha do autor, como passageira.
Ainda segundo a PRF, o motorista estava alterado e negou-se a realizar o teste de bafômetro, mas os policiais constataram que ele apresentava sinais de embriaguez. Quando questionado sobre a condução do veículo, o idoso disse que era sua filha, mas ela negou.
Ele também não fez o teste de alcoolemia, mas, ao ser questionado sobre como ocorreu o acidente, respondeu: “Quero é que se f…, antes ela do que eu”.
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