A 1ª Câmara Criminal atendeu recurso do Ministério Público e mandou prender novamente Diogo Francisco, réu por envolvimento na disputa do jogo do bicho em Mato Grosso do Sul.
Ele havia sido solto após a juíza May Melke Amaral, da 4ª Vara Criminal de Campo Grande, revogar a prisão preventiva dele e de outros quatro réus: Julio Cezar Ferreira dos Santos, Diego de Sousa Nunes, Edilson Rodrigues Ferreira e Taygor Ivan Moretto Pelissari.
Para os desembargadores, a prisão deve ser restabelecida devido à gravidade dos crimes pelos quais Diogo é acusado. “Os crimes de integrar organização criminosa armada e roubos majorados culminam
penas máximas superiores a quatro anos”, diz trecho do voto do relator, desembargador Jonas Hass Silva Júnior, seguido por unanimidade pelo colegiado.
Além disso, o magistrado reforçou que “há prova da existência do crime e indícios suficientes de autoria,
tanto que a denúncia já foi ofertada e recebida”.
O advogado Francisco di Paula Veloso Chagas, que representa Diogo, já entrou com recurso, alegando que a liberdade do acusado não coloca em risco a ordem pública. “Roubos e Homicídios não fazem parte da denúncia feita contra o Recorrido ora Denunciado Diogo Francisco”, diz em trecho do recurso.
Por fim, o advogado rebate acusação de que Diogo faria parte de organização criminosa complexa. “o que se verifica são apenas conversas distorcidas e sem fundamentos por aplicativo de Whatsapp”.
Agora, a 1ª Câmara Criminal irá analisar o recurso de Diogo.
Em março deste ano, o deputado Roberto Razuk, o ‘Neno’, foi ouvido na segunda audiência do caso. Neno foi alvo de busca e apreensão em sua casa em um condomínio de luxo, em Campo Grande, pois foi acusado de usar servidores da Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul) para a organização criminosa do jogo do bicho.
Guerra pela disputa do jogo do bicho
Segundo comerciantes que atuam como anotadores de apostas, policiais militares e civis estariam abordando os cambistas para impor a mudança do controle das banquinhas do jogo do bicho para os donos da ‘Banca BR’.
De acordo com a denúncia, a tática, que não é nova, estaria usando a atuação policial na repressão à contravenção como forma de ‘pressionar’ os anotadores e coletores a aceitarem a nova direção, supostamente ligada ao deputado estadual Neno Razuk (PL).
Em troca, os policiais receberiam propina em forma de ‘mesadas’, além de favores políticos dentro das instituições. Os laços entre servidores da segurança pública de MS e o jogo do bicho também não são novidade e já chegaram a ser apontados como pivô de mudanças na Sejusp.
Assim, a primeira fase da Operação Sucessione, realizada pelo Gaeco, prendeu 10 envolvidos com o grupo que teria como líder Neno Razuk.
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