A 1ª Vara Federal de Ponta Porã negou o pedido de soltura de Sidney Augusto Magalhães, conhecido como “Alê” ou “Colt”, apontado como líder do PCC (Primeiro Comando da Capital) em Pedro Juan Caballero, no Paraguai. Ele foi preso na Operação Blacklist, em maio de 2025, contra o tráfico internacional de drogas.
As investigações da PF (Polícia Federal) apontam que Colt controlava as operações armadas e o tráfico de drogas. Ele apareceu em vídeos com Cláudio Júlio dos Santos detalhando o arsenal da facção. Já nas conversas interceptadas, Cláudio demonstra ser subordinado a “Colt”.
Há ainda diálogos entre ambos sobre perdas de cargas, reforçando o papel de Sidney como coordenador e financiador de empreitadas ilícitas. Ainda conforme a PF, o outro líder do PCC na fronteira seria Nelson Gustavo Amarilla Elizeche, o “Nortenho”, de 39 anos, também preso nesta operação.
Os três integravam o setor “sintonia restrita” da facção, responsável por ações armadas, julgamento de membros da facção, atividades de contrainteligência e movimentações financeiras e logísticas relacionadas ao tráfico internacional de drogas e armas.
A defesa de Sidney recorreu pedindo o relaxamento da prisão preventiva, sustentando que as provas apresentadas não indicam que ele seria de fato “Colt”. Logo, ele deveria responder às acusações em liberdade.
Na decisão, o juiz federal substituto, Bruno Barbosa Stamm, rejeitou a alegação de provas insuficientes sobre a participação do investigado na organização criminosa, já que, nesta fase processual, não é obrigatória a existência de elementos contundentes que embasem a acusação.
“No caso em apreço, há elementos concretos que justificam a vinculação do investigado às alcunhas mencionadas, a partir de mensagens, áudios e diálogos transcritos nos relatórios de investigação, corroborados por outros dados colhidos durante a apuração, os quais, ao menos neste momento, são suficientes para embasar a medida cautelar extrema. Assim, eventual controvérsia sobre a identificação deverá ser aprofundada na fase processual própria, mediante instrução probatória plena”, ponderou.
Operação Blacklist
Em maio de 2025, a PF deflagrou a Operação Blacklist, segunda fase da Licantropia, contra uma organização criminosa especializada em tráfico internacional de armas e com ramificações até a Europa.
Foram cumpridos 9 mandados de busca e apreensão nas cidades de São Paulo (SP), Ribeirão Preto, Campo Grande, Dourados e Ponta Porã. Durante o cumprimento das medidas judiciais, foram apreendidas munições em São Paulo, uma arma de fogo em Dourados e quatro armas em Ponta Porã.
Na cidade fronteiriça com Pedro Juan Caballero, em Ponta Porã, foram apreendidos três veículos. Em um dos locais investigados, foi encontrada uma impressora 3D que estaria sendo utilizada para a fabricação de acessórios e peças de armas de fogo.
A Blacklist é um desdobramento da Operação Licantropia, deflagrada em maio de 2023, que descobriu um esquema de utilização de mulheres jovens como “mulas” para o tráfico internacional de cocaína.
Considerado líder do PCC (Primeiro Comando da Capital), Nelson Gustavo Amarilla Elizeche, o “Nortenho”, de 39 anos, foi preso preventivamente na Blacklist.
As investigações comprovaram que uma organização criminosa adquiria drogas e armas no Paraguai, internacionalizava os ilícitos em Mato Grosso do Sul e os direcionava para São Paulo. Em um segundo momento, parte da droga era encaminhada ao continente europeu.
✅ Siga o Jornal Midiamax nas redes sociais
Você também pode acompanhar as últimas notícias e atualizações do Jornal Midiamax direto das redes sociais. Siga nossos perfis nas redes que você mais usa. 👇
É fácil! 😉 Clique no nome de qualquer uma das plataformas abaixo para nos encontrar:
Instagram, Facebook, TikTok, YouTube, WhatsApp, Bluesky e Threads.
💬 Fique atualizado com o melhor do jornalismo local e participe das nossas coberturas!
***