Júri desclassifica crime e dupla é condenada a 2 anos no regime aberto pela morte de Jhonatan na Moreninha
Hector Sandor Ferreira Shritkh e Walison Tiago Freitas da Silva cumprirão a pena no regime aberto
Lívia Bezerra –
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Hector Sandor Ferreira Shritkh e Walison Tiago Freitas da Silva foram condenados a 2 anos de reclusão em regime aberto por atirarem contra Jhonatan Miranda Teixeira no Paraíso do Lageado, região das Moreninhas, em Campo Grande. O crime aconteceu em janeiro de 2022 e a dupla foi julgada nesta quinta-feira (6).
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Jhonatan foi atingido com um disparo de arma de fogo na Rua José Vilela de Andrade Júnior, no momento em que saía do serviço no dia 18 de janeiro de 2022. A vítima foi surpreendida pela dupla em um veículo, que iniciou os disparos. Isso teria ocorrido porque Jhonatan, dias antes, teria furtado a residência do denunciado Hector.
Walison e Hector eram acusados de tentativa de homicídio e foram submetidos a julgamento na 1ª Vara do Tribunal do Júri, no Fórum de Campo Grande.
Durante o júri, o Conselho de Sentença pontuou que, apesar de Walison ter declarado que agiu em legítima defesa, o vídeo da reprodução do crime demonstra que ele e o comparsa chegaram em um veículo, quando a vítima se aproximou com as mão na cintura, sem que ostentasse qualquer arma de fogo e, imediatamente, Walison saiu do carro e efetuou os disparos.
Já em relação a Hector, segundo a decisão, ficou demonstrado que ele foi a pessoa que acionou Walison para que, juntos, fossem no encalço de Jhonatan. Depois, ele conduziu o veículo até o local onde a vítima estava e depois que o comparsa efetuou o disparo, o ajudou na fuga.
Assim, o crime de tentativa de homicídio foi desclassificado para lesão corporal de natureza grave. Walison e Hector foram condenados a dois anos de reclusão no regime aberto, além do pagamento das custas processuais.
Julgamento
No plenário do Tribunal do Júri, enquanto respondia às perguntas da defesa e do Ministério Público, Jhonatan confessou que, na época do crime, fazia uso de entorpecente e que furtava as residências da região onde morava. Ele disse que havia tentado invadir a casa de Hector duas vezes e, em uma das ocasiões, horas antes do crime, eles discutiram, tendo Jhonatan ameaçado o homem.
“Eu estava me arrumando para ir trabalhar, quando escutei alguém batendo palma, mas não fui ver quem era. Foi quando eu escutei alguém mexendo no portão, quando eu saí, era o Jhonatan”, disse Hector Shritkh. Ele explicou que foi falar com a vítima, e que Jhonatan teria dito que depois voltaria em sua casa.
Hector relatou que ficou com medo, pois trabalhava no período da noite e, sua esposa e filho – que tinha três anos na época – ficavam sozinhos. “O rapaz disse que ia voltar, aí o Hector ficou com medo da mulher e filhos estarem sozinhos em casa, e o Jhonatan voltar”, informou o autor dos disparos, Walison da Silva.
Após a discussão entre a vítima e um dos autores, Hector teria ligado para um amigo, o Walison, perguntando se podia acompanhá-lo até a empresa de reciclagem para conversar com Jhonatan. No entanto, o dono da residência teria perguntado se o amigo não teria uma arma para levar.
“Ele pediu para eu ir com ele, conversar com o rapaz (Jhonatan). Eu subi uma quadra e meia da minha casa, e me encontrei com um cara que tinha uma arma e pedi emprestado. Nunca pensei em fazer mal a ninguém, só levei por motivo de segurança, eu não sabia qual poderia ser a reação dele”, contou Walison.
Os autores chegaram até o local e encontraram a vítima em frente a empresa de reciclagem. Jhonatan se aproximou do veículo, e falou com Hector, que estava no banco do motorista.
Segundo o relato de Hector, a vítima teria dito: ‘Você por aqui, vou ter que aparecer na sua casa de novo’. Neste momento, o amigo, que estava no banco do passageiro, desceu do veículo, retirou a arma da cintura e disparou contra Jhonatan.
“Quando eu desci, ele (Jhonatan) colocou a mão na cintura, eu fiquei com medo dele estar armado e reagir, então atirei, depois eu não lembro de mais nada”, descreveu Walison.
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