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Polícia

Preso com Jeep de ex-superintendente de Cultura assassinado em 2024 enfrenta audiência

A audiência de instrução e julgamento durou cerca de 30 minutos
Layane Costa -
Roberto Figueiredo foi assassinado em dezembro de 2024 (Reprodução, Batalhão do Choque e Redes Sociais)

Com aproximadamente 30 minutos de duração, foi realizada na tarde desta quinta-feira (20) a audiência de instrução e julgamento do jovem, de 22 anos, preso com o Jeep Renegade do ex-superintendente da Cultura e professor universitário Roberto Figueiredo, assassinado em dezembro do ano passado, em .

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O crime ocorreu na madrugada do dia 13 de dezembro. Na época dos fatos, Roberto foi assassinado dentro da própria casa, nos Altos do São Francisco. Antes de morrer, ele teria tentado lutar para se defender com o adolescente que confessou o crime à polícia.

O jovem está preso desde a época do crime. Por isso, ocorreu na tarde desta quinta-feira a audiência de instrução e julgamento, que durou cerca de 30 minutos no Fórum de Campo Grande. A audiência havia sido marcada pelo juiz de Direito Márcio Alexandre Wust, da 6ª Vara Criminal.

O Jornal Midiamax falou com o de defesa do jovem, que disse que se pronunciará diante dos fatos somente após o pronunciamento do MPMS (Ministério Público de ).

Pedido de liberdade

Com o jovem preso desde dezembro de 2024, a defesa tenta a liberdade do cliente. Segundo a solicitação, datada de 24 de fevereiro, os advogados alegam que a decisão da prisão é inadequada e ultrapassa os limites da competência da audiência de custódia.

Os advogados também alegam que a fundamentação ignora a prova cabal nos autos. “As imagens de câmeras de segurança que demonstram o menor responsável pelo latrocínio entrando e saindo sozinho do apartamento da vítima, fato que exclui qualquer vínculo direto do autuado com o Ato Infracional Apurado em apartado a presente ação”, alegam.

Ainda conforme o pedido da defesa, é mencionado que a mãe do jovem revogou as medidas protetivas sobre uma violação de domicílio em desfavor dele por vontade própria. “Justamente para que a mesma aproxime a ele. O que o estado não fazer, é desmantelar o laço familiar entre o requerente e a sua genitora”, justificam os advogados.

Logo, a defesa argumenta também que surgiu oportunidade de emprego para o jovem para que o mesmo possa ‘repensar nos enganos cometidos’ e citou que não há nenhum fato novo que justifique a manutenção da prisão preventiva de seu cliente.

“Até por que, já se passaram 03 meses da custódia cautelar e, a investigação findou-se e, a autoridade policial, como também Vossa Excelência, estão devidamente satisfeitos que o requerente, não participou do infeliz latrocínio. Portanto, a revogação da prisão preventiva, condicionada ao monitoramento eletrônica, é a medida que se impõe”.

Por fim, os advogados pedem a substituição da prisão preventiva por medidas cautelares, sugerindo com ou sem uso de tornozeleira eletrônica. Além disso, pedem a expedição de alvará de soltura com extrema urgência e a concessão da fiança.

Liberdade negada

O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) se manifestou contrário à soltura do acusado, argumentando que a liberdade pode causar desestabilização social e seria colocar em descrédito a Justiça e incentivaria a continuidade de crimes desse tipo.

E na última segunda-feira (10), o pedido de liberdade provisória foi indeferido, ou seja, negado pelo magistrado. Segundo a decisão assinada pelo juiz de Direito, Marcio Alexandre Wust, o acusado entrou com pedidos de liberdade três vezes com a mesma causa “de pedir (residência, trabalho, antecedentes“.

“Deste modo, como os fatos alegados são anteriores ao anterior pedido, e a petição não apresenta nenhum fato novo/superveniente para o deferimento do pedido, a questão esta preclusa (preclusão consumativa).Ou seja, o pedido deve ser indeferido“, determinou o magistrado.

Suspeitos abandonaram Jeep após ouvir notícia do no rádio
Passado um tempo na conveniência, o adolescente teria convidado o jovem e outro rapaz para passear de carro. Após darem bastante voltas com o veículo do ex-superintendente, o grupo ouviu no rádio a notícia de que a família de Roberto o encontrou morto e estava em busca de um Jeep Renegade.

Com isso, o grupo resolveu abandonar o carro que ficou com a chave no contato. Depois, os suspeitos viram uma viatura policial e se dividiram, em fuga. Contudo, o jovem de 22 anos se escondeu na casa de uma conhecida e algumas horas depois pegou o Jeep e saiu, sem destino.

Ainda na delegacia, ele contou que estava dirigindo o Jeep quando foi parado por policiais. Logo que foi abordado, ele relatou os fatos que tinha conhecimento, mas revelou que não tinha como encontrar o adolescente, pois o conheceu naquela sexta-feira (13).

O jovem disse à polícia que não pegou dinheiro nem os objetos roubados pelo adolescente, apenas comprava as bebidas com os cartões e consumiam juntos. Quando abordado pelos militares, o Jeep Renegade estava sem uma das placas. Na delegacia, o jovem alegou que retirou a placa porque a mesma já estava caindo.

Assassinato

O latrocínio ocorreu na Rua Bárbara de Paula Ribeiro, nos Altos do São Francisco, em Campo Grande. Assim, a irmã da vítima quem encontrou o corpo de Roberto dentro da casa, já que ela teria o controle do portão da residência.

A vítima estava em meio a uma poça de sangue e com vários ferimentos no crânio. Além do carro, criminosos também levaram uma televisão e um celular.

Abalada, Carla Figueiredo disse ao Midiamax que na data dos fatos iria para com o professor para um show do cantor Caetano. Ela disse que ligou diversas vezes para Roberto que não atendeu. Como ela mora perto do irmão, foi até o imóvel, abriu o portão e acabou encontrando o ex-superintendente morto dentro de casa.

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